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Gigante de eletrodomésticos da China, Midea Group faz maior IPO do ano em Hong Kong — mesmo com economia e bolsas patinando

Midea Group, gigante da China do ramo de eletrodomésticos, faz maior IPO de 2024

Midea Group, gigante da China do ramo de eletrodomésticos, faz maior IPO de 2024

As ações da Midea Group, gigante da China no ramo de eletrodomésticos, chegaram a subir cerca de 9% em sua estreia em Hong Kong nesta terça-feira (17). O lançamento dos papéis já pode ser considerado o maior do ano, levantando quase US$ 4 bilhões, segundo o portal Nikkei Asia. 

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A listagem de US$ 3,98 bilhões da Midea ultrapassou a oferta pública inicial de US$ 315 milhões da Sichuan Baicha Baidao Industrial, gigante chinesa de lojas de chá, em abril. 

Tal otimismo voltou a injetar ânimo nos investidores e melhorando o sentimento geral de que novas ofertas de ações podem voltar a acontecer. 

O apetite dos investidores pela Midea também acontece pela introdução de um programa da China de incentivo a atualização de equipamentos, incluindo eletrodomésticos, para impulsionar o consumo do país.

"O IPO 'jumbo' bem-sucedido provavelmente melhorará o sentimento do mercado e trará mais mega negócios nos mercados de Hong Kong no futuro", disse a chefe de Pesquisa de Varejo da MIB Securities HK, Sonija Li, em nota.

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O momento é especialmente difícil para as bolsas da China. O índice de Xangai recua 13,27% nos últimos 12 meses, enquanto o Shenzhen recua 21,3% no mesmo intervalo de tempo. 

Novo IPO na China ocorre em meio a desaceleração 

Não é de hoje que a economia da China apresenta sinais de fraqueza. O próprio UBS revisou para baixo as projeções para crescimento do PIB do gigante asiático.

Para 2024, ao invés de 4,9%, o gigante asiático deve crescer apenas 4,6%. Já para 2025, os números projetados caíram de 4,6% para 4%.

O principal culpado é, sem dúvidas, o setor imobiliário, que tem sido uma “pedra no sapato” para o presidente Xi Jinping, especialmente após o calote da Evergrande, há três anos.

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O banco avalia que os esforços do governo para conter a crise e aliviar as pressões em cima das empresas de construção civil têm sido lentos e com impacto limitado.

Nem o resultado positivo das exportações, impulsionado pelo boom de tecnologia e pela demanda global de importações, foi capaz de “salvar” o PIB chinês. Inclusive, o UBS projeta que até mesmo as exportações devem desacelerar no ano que vem.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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