O ataque do Hamas e a campanha de retaliação de Israel na Faixa de Gaza aumentou a temperatura do Oriente Médio, colocando o mundo em alerta sobre a possibilidade de a guerra se alastrar pela região — e o futuro desse conflito está mais nas mãos de Benjamin Netanyahu do que nunca.
Além do Hamas, desde outubro do ano passado, Israel tem enfrentado outros grupos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah (Líbano) e os Houthis (Iêmen).
Mas foi o ataque israelense — ao qual Israel ainda não assumiu a responsabilidade — que matou vários comandantes de alto escalão na embaixada iraniana em Damasco, na Síria, em 1 de abril, que colocou o Oriente Médio em um caldeirão.
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Netanyahu cozinha junto com a resposta ao Irã
Agora, o mundo se pergunta quando Israel vai revidar à ofensiva iraniana. A resposta para essa questão, no entanto, não é fácil — não apenas pela necessidade do inesperado, mas porque o primeiro-ministro de Israel está em uma panela de pressão.
Netanyahu — que já enfrentou acusações de fraude e corrupção e protestos contra sua proposta de reforma judicial — encara uma pressão interna para assumir uma linha dura contra o Irã e uma pressão internacional para se retirar.
Não à toa, uma reunião na segunda-feira (15) do Gabinete de Guerra de Israel — composto por cinco autoridades e chefiado pelo premiê — terminou sem comentários sobre se o país honrará a promessa de “exigir um preço” de Teerã ou cederá aos apelos a uma resposta ponderada dos líderes internacionais.
O Irã, por sua vez, já indicou que a ofensiva do final de semana concluiu a retaliação — e agora cabe a Israel considerar os próximos passos. O Gabinete de Guerra israelense deve se reunir novamente nesta terça-feira (16) em busca de uma posição comum.
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A saída possível para Israel agora
Os EUA, o Reino Unido, a França e a Jordânia ajudaram Israel na contenção dos ataques do Irã — e agora esperam uma resposta moderada de Netanyahu.
O presidente norte-americano, Joe Biden, que anteriormente prometeu um compromisso firme com Israel, disse a Netanyahu que a Casa Branca não se juntaria às operações ofensivas contra o Irã.
Ehud Olmert, antigo primeiro-ministro israelense, afirmou que a ausência de vítimas e os danos limitados resultantes do ataque do final de semana significam que Israel pode agora “agir de uma forma mais silenciosa, mais contida e mais reservada para de alguma forma pôr fim a um confronto com o Irã.”
Por isso, especula-se que Israel esteja preparando uma resposta ao Irã em nível diplomático. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, enviou a 32 líderes mundiais uma carta “apelando à imposição de sanções ao projeto de mísseis iraniano” e que o Corpo da Guarda Revolucionária seja declarado uma organização terrorista.”
*Com informações da CNBC e do The Guardian