‘Elixir’ para todos os males? Ozempic pode ser eficaz contra mortes por covid-19, diz estudo
Segundo estudo publicado pela Faculdade Americana de Cardiologia, princípio ativo do Ozempic pode reduzir mortes por Covid-19, falências cardíacas e até mesmo doenças renais crônicas

A semaglutida, princípio ativo de medicamentos como o famoso Ozempic, pode diminuir os riscos de morte e outros efeitos adversos da covid-19. A conclusão é de uma série de estudos publicados pela revista da Faculdade Americana de Cardiologia (JACC, na sigla em inglês) na última sexta-feira (30).
Segundo os estudos, pacientes que passavam por um tratamento com uma dose de 2,4mg de semaglutida ainda estavam suscetíveis a contrair covid-19 – mas tinham 33% menos chances de morrer pela doença.
A descoberta dos novos benefícios da semaglutida abre as possibilidades para que o uso se estenda a outras condições médicas, para além da diabetes, complicações cardíacas e perda de peso – essa última sendo a razão da grande popularidade do Ozempic atualmente.
Redução de mortes para além da covid-19 e condições cardíacas
Ainda segundo os estudos publicados no JACC, o ativo aliviou sintomas ligados à falência cardíaca, inflamação e “uma série de outros problemas”, além de reduzir as mortes entre pacientes que sofriam de doenças renais crônicas.
Um dos autores do paper, Benjamin Scirica, já liderava um estudo com semaglutida antes da pandemia de covid-19, apurando os efeitos do ativo em mais de 17.600 pacientes acima do peso ou obesos que sofriam de doenças cardíacas (mas não de diabetes tipo 2, condição para qual o Ozempic é originalmente prescrito).
Neste estudo, foi constatada uma redução em 29% das mortes causadas por condições não-cardíacas, e o autor afirma que o peso não se mostrou um “fator majoritário” em suas conclusões. O que aponta para os benefícios do medicamento fora das atuações previamente conhecidas.
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Esses medicamentos “realmente promovem a saúde”, segundo especialista
Harlan Krumholz, professor da Faculdade de Medicina de Yale e editor do JACC, afirmou em entrevista à mesma publicação: “Estou começando a pensar na perda de peso quase como um efeito colateral. [...] Quer dizer, esses medicamentos realmente estão promovendo a saúde.”
E acrescentou: “Eu pensava mais na saúde cardiometabólica, mas pode haver muitas formas pelas quais a semaglutida está nos tornando mais saudáveis; e, de certo modo, isso sugere que está nos ajudando a resistir às consequências adversas da pandemia".
Nem tudo são flores
Apesar disso, Krumholz afirmou que também foram solicitadas pesquisas mais profundas acerca dos impactos da semaglutida.
Vale ressaltar que nem todos os efeitos colaterais do Ozempic e seus similares têm sido positivos. Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina de Harvard este ano apontou que drogas como o Ozempic podem estar associadas a um maior risco, por exemplo, de desenvolver uma rara doença ocular.
Dados podem favorecer consolidação da Novo Nordisk
Os dados favorecem ainda mais a fabricante do Ozempic, Novo Nordisk, que tem capitalizado na popularidade dos medicamentos à base de semaglutida.
A gigante farmacêutica dinamarquesa cresceu em valor de mercado até se tornar a companhia mais valiosa da Europa, mesmo em meio à intensa competição global de nomes como a americana Eli Lilly e outros desafiantes. O valor de mercado da Novo Nordisk, conforme cotação desta segunda-feira (02), está acima de US$ 470 bilhões (mais de R$ 2,6 trilhões).
*Com informações de CNBC
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