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Além do HSBC: veja outras empresas que deixaram a Argentina nos últimos três anos; P&G, Latam e Walmart estão na lista

Javier Milei, presidente da Argentina, ao lado de uma unidade do banco HSBC

Javier Milei, presidente da Argentina, ao lado de uma unidade do banco HSBC

Em abril deste ano, o HSBC anunciou um acordo de venda do HSBC Argentina ao Grupo Financiero Galicia, maior grupo financeiro privado argentino, por US$ 550 milhões. 

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A falta de dólares é um dos pilares da crise na Argentina e fez diversas empresas sofrerem com pressões cambiais no país. Entre as brasileiras, a cervejaria Ambev (ABEV3), o frigorífico Minerva (BEEF3), a operadora de turismo CVC (CVCB3), entre outras, tiveram seus resultados afetados por esse cenário. Veja mais aqui.

E, recentemente, a Procter & Gamble (P&G) se juntou ao grupo das mais de vinte empresas multinacionais que abandonaram o mercado argentino nos últimos três anos com a venda da operação local para o grupo Newsan.

A lista ainda inclui desde a loja de departamentos Falabella até a companhia aérea Latam, passando pela rede de supermercados Walmart e o laboratório Pierre Fabre.

Êxodo de companhias não tem só a ver com crise na Argentina

A saída dessas empresas não é apenas um efeito da crise no país e teve início na pandemia de covid-19. Naquele momento, muitas multinacionais decidiram redefinir suas estratégias de negócios e priorizar investimentos em mercados considerados mais estratégicos.

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É verdade que esses fatores "globais" se somaram aos problemas da própria economia argentina, como a falta de previsibilidade, a constante mudanças legais e, principalmente, as restrições às importações e a impossibilidade de remessa de divisas para o exterior.

Embora a saída de empresas tenha diminuído nos últimos meses, algumas vendas ainda foram concretizadas nesse sentido em 2024.

Atração de investimentos

Vale dizer que esse movimento também pressiona o acúmulo de moeda estrangeira no país. Uma das medidas feitas pelo governo de Javier Milei, ultraliberal e presidente do país, foi a remoção de controles para registro de empresas estrangeiras.

Isso abriria espaço para que empresas offshore não sigam a lei argentina — mas tenham registro semelhante às empresas nacionais.

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Na prática, esse pode ser um caminho para que a Argentina se torne um “paraíso fiscal” — regiões conhecidas por terem baixos impostos e regulações, que são usadas, entre outras coisas, para evasão fiscal. Leia mais sobre a medida aqui.

Empresas que saíram da Argentina

O setor financeiro foi um dos que mais foi afetado pela crise argentina. Por exemplo, em meados de 2023, o banco Itaú também anunciou sua saída do país após mais de 40 anos de operação. 

À época, o segmento argentino foi comprado pelo grupo Macro, que desembolsou US$ 50 milhões para adquirir as operações locais do banco brasileiro. Vale ressaltar que, em ambos os casos, as vendas não incluem a transferência das marcas Itaú e HSBC.

Contudo, a saída de empresas da Argentina não se limita ao setor financeiro. Diversos outros segmentos também registraram baixas importantes nos últimos anos:

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*Com informações do jornal La Nación

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