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A terceira guerra mundial bate na porta? As condições para o conflito global acontecer já estão sobre a mesa

Tabuleiro de xadrez; nele, há três peças diferentes, identificadas com as bandeiras dos EUA, da China e da Rússia; simboliza a tensão geopolítica e a guerra no leste europeu

Um confronto dos EUA com a China ou com a Rússia — esses seriam os gatilhos que muitos esperam para a terceira guerra mundial, mas o que poucos sabem é que as condições para um conflito global já estão sobre a mesa. 

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Segundo especialistas, não é necessário enfrentamento bélico ou nuclear entre essas grandes potências para que o mundo passe pela terceira guerra mundial. 

Isso porque o mundo já vive guerras generalizadas: o conflito na Ucrânia, as insurreições na África, o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza e as atividades militares no Mar Vermelho, no Golfo Pérsico e no Oceano Índico.

“Na década de 1930 houve guerras separadas que se fundiram no que hoje chamamos de Segunda Guerra Mundial”, disse Gordon Chang, pesquisador sênior do Instituto Gatestone e autor de “A China está indo para a guerra", para o Business Insider. 

De acordo com ele, a mesma dinâmica existe hoje. “É inteiramente possível, e algumas pessoas podem até argumentar que é provável que estas [guerras] se fundam em um conflito global”, afirmou. 

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Só se fala disso

Não faz muito tempo que o mundo temia que Donald Trump, um presidente inexperiente e inconstante, iniciasse a terceira guerra mundial. 

Durante a primeira campanha a presidente, o republicano se vangloriou diversas vezes de ser o único capaz de impedir a terceira guerra mundial.

Agora, no meio de tantas guerras em curso, Trump se tornou apenas uma das figuras políticas que empregam esse tipo de linguagem. 

À esquerda, à direita e mesmo dentro da Casa Branca, o espectro do tipo de conflito global não visto há quase 80 anos está se revelando uma ferramenta retórica útil.

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Um levantamento da Associação Americana de Psicologia mostrou que logo após a Rússia ter invadido a Ucrânia no ano passado, sete em cada 10 norte-americanos temiam “que estivéssemos na fase inicial da terceira guerra mundial” — um sentimento que os aliados do presidente russo, Vladimir Putin, têm encorajado desde então. 

Trump e Putin não estão sozinhos ao lidar com a questão sobre a terceira guerra mundial e o argumento também não se limita aos republicanos. Várias figuras da esquerda levantaram receios de um conflito global nas críticas ao bombardeio de Gaza por Israel. 

O próprio Joe Biden tem o hábito de fazer referência ao espectro de outra guerra mundial. Pouco depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia no ano passado, o presidente dos EUA teria dito aos assessores: “Estamos tentando evitar a terceira guerra mundial”, segundo reportagem do The New York Times. 

Essa é uma mensagem que ele e os seus assessores têm reiterado publicamente desde então, embora com menos frequência nos últimos meses do que os seus rivais.

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A terceira guerra mundial está mesmo aí?

Embora haja desacordo sobre o que constitui uma guerra mundial, o conflito geralmente envolve dois grandes blocos de poder de países que lutam pelo domínio, com numerosas nações de cada lado pegando em armas umas contra as outras. 

Em setembro de 1939, a revista Time pode ter sido a primeira a “apelidar” o conflito que começou naquele mês de “segunda guerra mundial”.

Em 2015, P.W. Singer e August Cole, dois escritores com experiência em segurança nacional, especularam em um ensaio sobre como poderia ser uma terceira guerra mundial. 

Eles observaram que a apropriação de territórios pela Rússia na Ucrânia e as crescentes tensões com a China poderiam levar a outra batalha global — disputada até mesmo no campo cibernético. 

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A questão nuclear da guerra

Há ainda um outro aspecto sobre a terceira guerra mundial: as armas nucleares. 

Como as armas nucleares estão fortemente associadas à segunda guerra mundial, muitos podem fazer essa ligação em relação aos conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas

A Rússia tem armas nucleares, presume-se que Israel tenha assim como o Irã, que apoia grupos que luta contra os EUA nas últimas semanas. 

Alguns especialistas dizem, no entanto, que o tipo de resposta internacional que poderia resultar de um ataque nuclear não levaria necessariamente a uma guerra mundial.

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*Com informações do Business Insider e do Politico

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