A Sabesp (SBSP3) acaba de dar o “último passo” em direção à privatização. Centenas de prefeitos de São Paulo assinaram nesta segunda-feira (20) um contrato unificado de concessão com a companhia de saneamento, dando aval ao processo de desestatização.
A aprovação ocorreu durante a primeira reunião com representantes dos municípios paulistas operados pela Sabesp, que compõem a Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (Urae) Sudeste 1.
O contrato unificado foi aprovado com cerca de 90% de votos favoráveis. Com o sinal verde, os 375 contratos individuais em vigor serão substituídos por um mesmo modelo, adaptado às necessidades municipais.
Segundo o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, este era o passo final para seguir com o processo de leilão de privatização da empresa paulista de saneamento.
Vale destacar que os atuais contratos estabelecidos entre os municípios e a Sabesp permanecem em vigor até a conclusão da venda do controle acionário da companhia, segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende.
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A privatização da Sabesp (SBSP3)
O governo do Estado de São Paulo deve anunciar na noite desta segunda-feira o andamento da privatização da Sabesp (SBSP3).
A expectativa do mercado é que, com as questões regulamentares resolvidas durante a tarde, seja anunciado oficialmente o lançamento da oferta de ações.
O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, pretende realizar o leilão de desestatização em junho deste ano, de acordo com o cronograma do Estado.
No entanto, há uma janela para que a operação ocorra até o final de agosto.
O projeto de privatização da Sabesp prevê investimentos de R$ 66 bilhões no setor, até 2029, e redução tarifária com a criação de um fundo com 30% da venda das ações do Estado na companhia.
O projeto de lei ainda inclui o estabelecimento de direitos de veto (golden share) para o governo.
A participação final do Estado na Sabesp após a desestatização, o volume total de ações e o valor mínimo da oferta são alguns pontos que ainda não foram detalhados oficialmente pelo governo.
A intenção do Estado é ter sua participação reduzida a algo entre 18% e 30%. Atualmente, o governo de São Paulo detém 50,3% das ações da empresa, enquanto o restante é negociado na Bolsa brasileira (B3) e na de Nova York.
*Com informações de Estadão Conteúdo.