O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou a lei que proíbe o TikTok no território norte-americano. O texto havia sido aprovado pelo Congresso na noite da última terça-feira (24), faltando apenas passar pela aprovação presidencial.
Agora, os organizadores da plataforma terão 270 dias — ou nove meses — para vender a operação nos EUA para uma empresa de confiança dos norte-americanos. Caso isso não ocorra, o app será retirado do ar.
Os legisladores americanos alegam que a é uma questão de segurança, tendo em vista que o TikTok é controlado pela empresa chinesa ByteDance.
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Proteção nacional
Do lado norte-americano, o governo alega que o aplicativo de vídeos curtos está repassando dados confidenciais dos seus mais de 170 milhões de usuários nos EUA para a China. Essa prática, dizem, representa um risco à segurança nacional.
Do outro lado, a conta no X (antigo Twitter) do Tiktok se manifestou contrária à decisão.
“Esta lei inconstitucional é uma proibição do TikTok e iremos contestá-la no tribunal. Acreditamos que os fatos e a lei estão claramente do nosso lado e que acabaremos por prevalecer”, escreve a postagem.
O próprio CEO do aplicativo, Shou Chew, se pronunciou: “na verdade, é irônico, porque a liberdade de expressão no TikTok reflete os mesmos valores americanos que fazem dos EUA o bastião da liberdade”.
Tentativas de manter o TikTok no ar
Só neste ano, a ByteDance já gastou mais de US$ 7 milhões para tentar barrar a lei que viria a proibir o TikTok nos EUA.
A controladora do aplicativo sozinha desembolsou US$ 2,68 milhões com lobistas internos para pressionar senadores e deputados durante os primeiros meses do ano.
“Esse gasto reflete o trabalho que fazemos para educar os legisladores sobre como a lei pode afetar nossa comunidade de 170 milhões de usuários americanos”, disse um porta-voz do TikTok sobre o gasto de US$ 4,5 milhões da plataforma em anúncios publicitários contra a proibição do aplicativo.