Site icon Seu Dinheiro

Posto Ipiranga “fluvial”? Por que a Ultrapar (UGPA3) decidiu investir pouco mais de R$ 500 milhões na Hidrovias do Brasil (HBSA3)

Estação de transbordo de carga da Hidrovias do Brasil, no Pará

Estação de transbordo de carga da Hidrovias do Brasil, no Pará

Dona de rede de postos de combustível Ipiranga, a Ultrapar (UGPA3) decidiu ampliar os investimentos em logística. O grupo vai pagar pouco mais de R$ 510 milhões para se tornar acionista de referência da Hidrovias do Brasil (HBSA3).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Criada em 2010 pelo Pátria Investimentos, a Hidrovias atua no transporte de mercadorias, terminais de carga, cabotagem e integração de serviços logísticos. Em 2020, a empresa abriu o capital em uma oferta pública inicial (IPO) na B3.

O Pátria vai agora vender a maior parte de suas ações à Ultrapar, que fechou acordo para comprar 128.369.488 ações da companhia, equivalente a 16,88% do capital da Hidrovias. Além da gestora, o acordo prevê a compra dos papéis que pertencem à Sommerville Investments, ligada ao governo de Singapura.

A Ultrapar vai pagar R$ 3,98 por ação aos vendedores, o que representa um prêmio de 11,8% em relação ao fechamento dos papéis da Hidrovias do Brasil (HBSA3) na sexta-feira e uma avaliação de R$ 3 bilhões da empresa como um todo.

Como a Ultrapar já possui 4,99% das ações da companhia, a participação final da holding na Hidrovias ficará em 21,87%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ultrapar e Hidrovias do Brasil: de olho no agronegócio

Além dos postos Ipiranga, a Ultrapar possui investimentos em logística por meio da Ultracargo. A aquisição da participação na Hidrovias faz parte da estratégia do grupo de expandir a presença em setores expostos ao agronegócio brasileiro, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte.

"A Hidrovias atua em setor de alto crescimento, considerando o déficit de infraestrutura logística e a expansão crescente do agronegócio, com operações complementares e sinérgicas ao portfólio da Ultrapar", informou a companhia.

Por fim, o negócio ainda depende de duas condições para sair. O primeiro é o aval do Cade, o órgão de defesa da concorrência.

Já a segunda condição passa pelos acionistas da Hidrovias do Brasil, já que a empresa possui uma cláusula de "poison pill" (pílula de veneno).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O dispositivo prevê que qualquer acionista que alcançar uma participação relevante na companhia precisa fazer uma oferta pelas ações dos minoritários. Por isso a Ultrapar estabeleceu como condição para fechar o negócio, a não aplicação da poison pill.

LEIA TAMBÉM:

Exit mobile version