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Petróleo em queda pressiona Petrobras (PETR4) na B3, mas este banco segue animado com as ações — e com os dividendos extraordinários

Fachada de prédio da Petrobras, com logo da empresa

Fachada de prédio da Petrobras, com logo da empresa

Mesmo com uma desvalorização de 20% do petróleo desde junho, o Goldman Sachs ainda vê motivos para continuar animado com as ações da Petrobras (PETR4) — especialmente diante do potencial de dividendos extraordinários bilionários da estatal.

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Os analistas mantiveram recomendação de compra para a Petrobras, tanto para as ações listadas na B3 quanto para os ADRs negociados em Wall Street.

No entanto, diante de perspectivas mais fracas para o petróleo, o banco cortou os preços-alvo, agora com uma expectativa de ganhos próximos a 6% para os próximos 12 meses.

Confira as novas estimativas:

Vale destacar que os analistas reduziram as estimativas para o Brent para US$ 70 a US$ 85 o barril, em meio à demanda fraca na China, produção mais forte do que o esperado nos EUA e surpresas positivas nos estoques da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

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As ações da Petrobras (PETR4) sentem o momento mais fraco do petróleo no mercado internacional e acumulam uma queda de 6,5% na B3 no acumulado do mês na B3. 

No pregão desta quinta-feira (12), os papéis chegaram a cair mais de 1%, mas arrefeceram as perdas para 0,83% por volta das 12h45, a R$ 36,98, na contramão do desempenho da commodity hoje.

Vem dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4)?

Um pilar fundamental na visão otimista do Goldman Sachs para a Petrobras (PETR4) é a possibilidade de dividendos extraordinários nos próximos meses. 

O banco prevê a distribuição de até US$ 6 bilhões — equivalente a R$ 33,99 bilhões no câmbio atual — aos acionistas da petroleira até meados de 2025.

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Desse total, cerca de US$ 4 bilhões devem pingar na conta dos investidores até o final do ano, enquanto os US$ 2 bilhões restantes devem ser distribuídos no primeiro semestre do ano que vem, segundo o Goldman.

“Isso deve ser visto como um teto da remuneração adicional potencial que a Petrobras poderia anunciar, pois assume que ela reduziria sua posição de caixa para o nível mínimo de US$ 8 bilhões exigido pela administração”, afirmaram os analistas. 

Vale lembrar que a atual política de remuneração de acionistas da petroleira prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre caso a dívida bruta seja igual ou inferior ao nível máximo definido pelo plano estratégico em vigor, de US$ 65 bilhões.

Nas perspectivas do banco, a Petrobras pode exceder ligeiramente o limite de dívida bruta de US$ 65 bilhões fixado pela direção da empresa, principalmente devido à introdução de FPSOs (plataformas) arrendados até o quarto trimestre de 2025. 

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“Caso a administração decida pagar a dívida para cumprir com esse teto (em vez de ajustar o limite para cima à luz do novo plano estratégico da Petrobras, esperado para novembro), isso pode reduzir a disponibilidade de caixa e também representar riscos para nossas estimativas de dividendos extras.”

Eventuais acordos de fusão e aquisição (M&A) também poderiam pressionar os potenciais dividendos extraordinários, segundo os analistas.

Valuation importa 

Na avaliação do Goldman Sachs, a Petrobras (PETR4) ainda oferece prêmio no rendimento com fluxo de caixa livre (FCFY) em relação aos pares internacionais.

No entanto, o potencial é menor que anteriormente previsto: para 2025, a projeção é de 11% de FCFY, acompanhando as perspectivas mais conservadoras para o petróleo, de US$ 70 o barril.

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Nas contas dos analistas, cada aumento de US$ 5 por barril nas previsões de preço do petróleo Brent para 2025 se traduziria em um avanço de 3 pontos porcentuais no FCFY da Petrobras. 

Já em relação ao valuation, os analistas veem a ação da Petrobras negociada a um múltiplo de 3,4 vezes a relação valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda), em torno de 36% abaixo dos rivais globais.

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