Site icon Seu Dinheiro

MRV (MRVE3) corta projeção de lucro líquido e ações viram para queda na B3; confira o novo guidance da construtora 

Logo da MRV (MRVE3) nas cores verde e amarelo

Confirmando os temores do mercado — que já havia especulado no início do ano um possível corte no guidance e penalizado as ações — a MRV (MRVE3) confirmou nesta sexta-feira (15) que reduziu as projeções para 2025, cortando o teto da estimativa para o principal indicador financeiro da construtora.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A nova previsão, divulgada na tarde de hoje durante o MRV Day 2024, é que a operação core da companhia, a divisão de incorporação brasileira que reúne as marcas MRV e Sensia, registre um lucro líquido de R$ 700 milhões a R$ 850 milhões em 2025.

Vale relembrar que, no MRV Day do ano passado, realizado em fevereiro, a previsão era que o segmento lucrasse de R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão e contribuísse para que o resultado consolidado do grupo ficasse entre R$ 1,3 bilhões a R$ 1,6 bilhões no período.

Com o ajuste nas projeções, as ações da MRV, que chegaram a subir mais de 3% antes do início do evento, inverteram o sinal. Por volta das 16h, os papéis recuavam 1,09%, a R$ 8,14.

Confira os outros destaques do novo guidance da companhia:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Ano passado fizemos um turnaround importante, os indicadores voltaram para o patamar pré-covid. E a estratégia, que antes era de crescimento, agora é de voltar a gerar valor em todas as subsidiárias, principalmente na MRV”, afirma Rafael Menin, copresidente do grupo.

Já no caso da Luggo, focada em aluguel residencial, e a Urba, de loteamentos residenciais e comerciais, os principais objetivos são alcançar uma geração de caixa positiva e lucro neutro.

Na Resia, incorporadora norte-americana da MRV, Menin conta que há uma regra de ouro: não queimar caixa. “Não irá capital da MRV Brasil para a Resia e a expectativa é gerar caixa neste ano. Essa companhia terá muito valor para capturar quando começar a queda de juros dos EUA”, afirma ele.

MRV (MRVE3) cumpriu quase todas as promessas para 2023, mas queimou mais caixa que o previsto

Além das previsões para o futuro, a diretoria da MRV também comentou o resultado do ano anterior. Ricardo Paixão, diretor financeiro da companhia, destacou que foram cumpridos três dos quatro itens prometidos em 2023:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia passou longe, no entanto, de alcançar a projeção para a geração de caixa, que ia de zero a R$ 200 milhões. O resultado ao final de 2023 foi uma queima de R$ 201 milhões.

De acordo com Paixão, parte da queima é explicada por desembolsos com um parcela do banco de terrenos, ou landbank, adquirido antes da pandemia de covid-19, e que superam o tamanho atual da operação.

“Nós vínhamos em uma linha de crescimento, uma MRV expansionistas, e a primeira preparação para esse contexto foi o landbank. Agora estamos pagando pelos terrenos que compramos lá atrás”, citou o CFO.

O indicador foi afetado ainda pelo Percentual de Conclusão (POC) médio das vendas, que ficou abaixo do estimado pois houve uma concentração maior que a planejada em comercialização de lançamentos.

Exit mobile version