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Mar revolto dos mercados balança setor de mineração — mas Itaú BBA revela duas apostas em ações para atravessar a tempestade (e lucrar com isso)

Usiminas (USIM5), Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3)

Usiminas (USIM5), Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3)

O setor de mineração atualmente encontra-se em uma espécie de “mar revolto”. Com nuvens tempestuosas dos preços globais do aço e o recuo da maré de procura de minério de ferro na China, os principais players do mercado viram seus navios balançarem quase ao ponto de tombar.

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Porém, atualmente existem duas empresas que não só devem conseguir se manter “de pé”, como também surfar as ondas desse momento, segundo o Itaú BBA.

Na visão dos analistas, as melhores apostas para atravessar esse momento são empresas negociadas a múltiplos relativamente baratos e que poderiam gerar fluxo de caixa livre (FCF) decente em 2024, “até mesmo devolvendo dinheiro aos acionistas”, apesar do momento delicado para o mercado de commodities metálicas. 

Isso porque, nas contas do banco, os preços do minério de ferro devem chegar a US$ 110 por tonelada em 2024, uma redução em relação à média de US$ 120 por tonelada em 2022 e 2023.

É por esses motivos que o banco selecionou dois papéis para enfrentar a tempestade e aumentar os ganhos da carteira de investimentos — e rebaixou as recomendações para outra dupla de ações.

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A hora de Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3)

Do lado positivo, a ação da Usiminas (USIM5) foi elevada para “outperform” — equivalente a “compra” —, com preço-alvo de R$ 12 para o fim de 2024, implicando em um potencial de valorização de 17,9% em relação ao último fechamento.

“A revisão em alta deve-se principalmente à nossa visão mais otimista sobre uma potencial descida nos custos de produção de aço durante os próximos trimestres, o que provavelmente sustentará uma dinâmica positiva de lucros para as ações”, escreveram os analistas.

De acordo com o banco, atualmente a ação da Usiminas (USIM5) oferece uma “proposta de risco-recompensa decente”, apoiada pelo rendimento de 8% do fluxo de caixa livre esperado para 2024 e pela potencial alta atraente de 18% do fluxo de caixa descontado.

Nas contas do Itaú BBA, a Usiminas é negociada a um múltiplo de valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) de 3,6 vezes em 2024, “o que parece barato em comparação aos níveis históricos”.

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Já a recomendação de compra para Vale (VALE3) foi mantida pelos analistas devido à geração forte de retorno total ao investidor (TSR) e de fluxo de caixa livre (FCF). 

Porém, o Itaú BBA reduziu o preço-alvo das ADRs (recibos de ações) da mineradora para US$ 14 para dezembro deste ano.

“A revisão para baixo se deve principalmente à incorporação da nossa nova curva de preços de minério de ferro.”

Os analistas projetam um retorno total para o acionista de 23% para 2024, considerando 16% de crescimento do fluxo de caixa descontado e 7% de rendimento (yield) de dividendos. 

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No olho da tempestade

Enquanto a Usiminas (USIM5) e a Vale (VALE3) puxam a visão otimista no setor de mineração, outros dois papéis estão “no olho da tempestade” na avaliação dos analistas. 

O banco rebaixou as ações da CSN (CSNA3) para “underperform”, correspondente a “venda”, com preço-alvo de R$ 15, implicando em uma leve queda potencial de 2%.

Segundo o banco, o rebaixamento acompanha a perspectiva mais fraca de valuation e o forte ciclo de investimentos na divisão de mineração nos próximos anos, que deve resultar em uma geração de fluxo de caixa livre negativa.

Nas contas do Itaú BBA, a empresa deve somar um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 9,45 bilhões em 2024, contra uma expectativa anterior de R$ 12,8 bilhões.

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A redução nas projeções deve-se aos menores preços realizados do minério de ferro e aos preços domésticos mais baixos do aço. 

Os analistas avaliam que a companhia atualmente é negociada a um múltiplo de 6 vezes a relação EV/EBITDA.

Já a recomendação para CSN Mineração (CMIN3) foi revisada para “marketperform” (neutro), com preço-alvo de R$ 6, um potencial de alta de 15%, devido ao potencial de valorização limitado de fluxo de caixa descontado.

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“Vemos a empresa sendo negociada a 5,9 vezes EV/EBITDA para 2024, um prêmio de cerca de 37% em relação à Vale e nos impedindo de sermos mais otimistas com as ações”, disse o Itaú BBA.

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