Em dia de balanço, a Itaúsa (ITSA4) não trouxe só os resultados do quarto trimestre para os acionistas, mas também um anúncio de de proventos antecipados.
O conselho da companhia — que lucrou R$ 14,1 bilhões em 2023, o maior resultado anual da série histórica — aprovou nesta segunda-feira (18) a distribuição de R$ 723 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP).
A soma equivale a R$ 0,07 por ação. Mas este é o valor bruto, pois o JCP está sujeito à retenção de Imposto de Renda na fonte. Após a "mordida do leão", a cifra cai para R$ 0,0595 por papel.
Terá direito ao pagamento, programado para ocorrer até 30 de agosto, que estiver na base acionária da companhia na próxima quinta-feira (21). Após a data de corte anunciada, a Itaúsa negociará papéis "ex-direitos" que passarão por um ajuste na cotação referente ao dinheiro já alocado.
Ou seja, você pode optar por comprar as ações agora e receber o dinheiro ou esperar a data de corte e adquirí-los por um valor menor, mas sem o crédito do JCP.
Proventos todos os trimestres
Vale relembrar que a Itaúsa já havia divulgado no mês passado um cronograma de distribuição de proventos para os próximos cinco trimestres. Confira abaixo a data-base para cada um dos pagamentos e também a previsão para o dinheiro cair na conta:
Confira abaixo a data-base para cada um dos pagamentos e também a previsão para o pagamento:
Data-base | Data do Crédito Individualizado | Data de pagamento |
29/02/2024 | 28/03/2024 | 01/04/2024 |
31/05/2024 | 28/06/2024 | 01/07/2024 |
30/08/2024 | 30/09/2024 | 01/10/2024 |
29/11/2024 | 20/12/2024 | 02/01/2025 |
28/02/2025 | 31/03/2025 | 01/04/2025 |
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Os destaques do balanço da Itaúsa (ITSA4)
Além dos dividendos, a Itaúsa também publicou hoje o balanço do quarto trimestre de 2023. A holding registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,4 bilhões, com leve alta de 3% ante o mesmo período do ano anterior.
O consolidado de 2023 também subiu 3% e somou R$ 14,1 bilhões, maior lucro anual da série
histórica.
É importante destacar que o resultado de 2023 foi afetado pela venda de ações da XP — a holding concluiu o "divórcio" da corretora e zerou a participação na empresa em dezembro do ano passado.
Desconsiderando os efeitos das alienações desses papéis nos últimos dois anos, a empresa afirma que o indicador teria crescido cerca de 9%.
Mas, mesmo com o avanço mais modesto, o resultado ainda é o maior da séria histórica. De acordo com a Itaúsa, é também um "reflexo da solidez e resiliência do portfólio", especialmento dos números crescentes do Itaú Unibanco (ITUB4), do Grupo CCR (CCRO3), da Copa Energia e da Aegea.
Vale relembrar que, além das companhias já citadas, a Itaúsa investe em empresas de outros segmentos, como os de bens de consumo, construção civil e infraestrutura. Confira abaixo o portfólio: