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Infracommerce (IFCM3) tem prejuízo de R$ 1,5 bilhão no 2T24 e anuncia plano para renegociar dívidas

Centro de Distribuição da Infracommerce (IFCM3) em Extrema, em Minas Gerais

Centro de Distribuição da Infracommerce (IFCM3) em Extrema, em Minas Gerais

A Infracommerce (IFCM3) engrossou a fila de empresas que precisam de mais fôlego para pagar as dívidas após uma sequência de resultados ruins, incluindo um prejuízo bilionário no segundo trimestre deste ano.

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A empresa que oferece serviços de tecnologia para quem deseja vender seus produtos pela internet anunciou que negocia a reestruturação de aproximadamente R$ 650 milhões em dívidas.

A companhia celebrou um memorando de entendimentos não vinculante (“MOU”) com os principais bancos credores. O objetivo é alongar e repactuar a dívida.

O acordo prevê a negociação da participação que a Infracommerce possui na New Retail. Essa transação pode reduzir a dívida em até R$ 370 milhões e ainda reforçar o capital de giro em R$ 50 milhões em dinheiro novo, de acordo com a companhia.

Além disso, a Infracommerce deve emitir uma nova dívida conversível em ações com vencimento alongado, no valor do saldo remanescente sujeito ao plano de reestruturação.

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Enquanto isso, a companhia conseguiu dos bancos credores a prorrogação do pagamento de parcelas até pelo menos o dia 7 de outubro.

Por fim, junto com a renegociação das dívidas, a Infracommerce pretende promover medidas para reduzir custos e despesas e melhorar a margem operacional e o fluxo de caixa.

Infracommerce (IFCM3): prejuízo bilionário e queda de 97% desde o IPO

A Infracommerce é mais um caso de fracasso na última leva de empresas que abriu o capital na B3. A companhia estreou na bolsa em uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) em maio de 2021.

A companhia pegou carona no crescimento acelerado do e-commerce durante a pandemia. Mas a reabertura da economia e a alta da taxa básica de juros (Selic) pegaram a Infracommerce no contrapé.

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Os números do segundo trimestre deste ano, que a empresa divulgou ontem à noite, refletem o momento ruim. A Infracommerce teve prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão, puxado pela baixa (impairment) de aquisições feitas no passado. Sem considerar esse efeito, o resultado também seria negativo em R$ 147 milhões.

Nem mesmo a oferta de ações no fim do ano passado aliviou a situação da companhia, que encerrou o trimestre com R$ 121 milhões em caixa.

Enquanto isso na B3, os papéis praticamente viraram pó e acumulam uma queda de 97% desde o IPO. O valor de mercado da empresa hoje é da ordem de R$ 250 milhões — ou seja, menos da metade da dívida em renegociação.

Em abril, o cofundador da Infracommerce, Kai Schoppen, deixou o cargo de diretor presidente (CEO). No lugar, o executivo Ivan Murias, ex-CEO da Valid, assumiu o posto.

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