A Minerva (BEEF3) anunciou nesta terça-feira (17) o fim da publicação das projeções para receita líquida, fluxo de caixa, dívida líquida, alavancagem e Ebitda (medida do mercado para avaliar a geração de caixa de uma empresa) para o exercício social de 2024.
O anúncio acontece um mês após a companhia de frigoríficos registrar um lucro de R$ 94,1 milhões no terceiro trimestre de 2024.
Além disso, a relação dívida líquida/Ebitda ajustado nos últimos 12 meses saiu de 2,8x para 2,6x, em razão do pagamento antecipado de R$ 1,5 bilhão em investimentos.
Vale dizer que o resultado foi visto como relativamente positivo, em especial com o crescimento do Ebitda (incremento de 13,9% em 12 meses) e das receitas (aumento de 20,3% no mesmo período), ainda que o lucro viesse abaixo das projeções.
No entanto, as margens seguiram pressionadas devido aos preços mais elevados do gado no trimestre — ainda que houvesse uma sazonalidade favorável na América do Norte.
Assim, os resultados dão sinais de uma relativa melhora operacional, o que poderia inspirar um otimismo em relação ao futuro. Então, porque descontinuar as projeções de crescimento?
Com a palavra, Minerva (BEEF3) se explica
Sobre o tema, a Minerva esclarece que as estimativas, apresentadas na forma de projeções, tinham dentre as suas premissas potenciais impactos operacionais e financeiros de aquisições feitas pela Minerva ao longo de 2024.
Voltando alguns passos, a Minerva adquiriu 13 unidades industriais e um centro de distribuição, localizados no Brasil, Argentina e Chile.
O valor da transação é de aproximadamente R$ 5,68 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão, citados acima, foram pagos antecipadamente.
No entanto, o fechamento das operações da Minerva só foi concluído em outubro deste ano. Em outras palavras, os impactos operacionais esperados não foram integralmente materializados no ano de 2024 e seus resultados só devem ser sentidos em 2025.