🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

DE OLHO NO ENDIVIDAMENTO

É o fim dos dividendos gordos? CEO da Taesa (TAEE11) revela motivo por trás da mudança na política de proventos

Além do balanço do primeiro trimestre de 2024, a empresa de transmissão de energia anunciou ontem uma proposta para alterar a distribuição de proventos; entenda

Camille Lima
Camille Lima
9 de maio de 2024
11:37 - atualizado às 17:49
taesa ação dividendos taee11
Imagem: The Capital Advisor

Os investidores que buscam retornos com dividendos tomaram um baque na noite da última quarta-feira (8) com a notícia de que uma das vacas leiteiras da bolsa brasileira, a Taesa (TAEE11), está prestes a mudar sua política de dividendos. 

A empresa de transmissão de energia anunciou ontem, junto ao balanço do primeiro trimestre de 2024, uma proposta para alterar a base de cálculo da distribuição de proventos. 

A partir deste ano, a companhia deixará de lado os padrões contábeis IFRS para mensurar as remunerações a investidores. Agora, o referencial usado será o lucro líquido regulatório — que desconsidera os impactos da inflação na receita.

Para o CEO Rinaldo Pecchio Junior, a nova política de proventos mostra o foco da companhia em gerar retorno ao acionista enquanto também prioriza a gestão do endividamento e o crescimento do negócio.

“Essa prática de dividendos sinaliza a postura da empresa atualmente. Não podemos nos esquecer que temos investimentos relevantes ainda por fazer, de mais de R$ 3 bilhões”, afirmou o executivo, em teleconferência de resultados. “Mas uma das questões que sempre temos que levar em consideração é a alavancagem.” 

Atualmente, a alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda, encontra-se em 3,8 vezes — e deve atingir o pico ainda em 2024, nas contas do CEO, e começar a cair já a partir do próximo ano.

Leia Também

Veja os destaques do balanço da Taesa no 1T24:

  • Lucro líquido regulatório: R$ 193,2 milhões (-10,3% a/a);
  • Lucro líquido IFRS: R$ 374 milhões (-3,3% a/a);
  • Ebitda regulatório: R$ 485 milhões (-7,1% a/a);
  • Margem Ebitda regulatória: 83% (-4,2 p.p. a/a);
  • Receita líquida regulatória: R$ 584 milhões (-2,4% a/a);
  • Receita líquida IFRS: R$ 731,3 milhões (+5,5% a/a);

As units da Taesa (TAEE11) operaram em queda na bolsa brasileira nesta quinta-feira (9). Os papéis caíram 2,36%, e estavam sendo negociados a R$ 34,81. No ano, a desvalorização acumulada chega a 7%.

  • Já sabe onde investir agora que as empresas estão divulgando seus balanços do 1T24? Veja análises completas da Empiricus Research e saiba se você deve comprar, vender ou se manter neutro em cada uma das principais ações da bolsa. Clique aqui para receber os relatórios GRATUITOS.  

A nova política de dividendos da Taesa (TAEE11)

Para o exercício social de 2024, a proposta de distribuição de proventos da Taesa será de um payout de no mínimo 75% do lucro líquido regulatório.

Já a partir do ano que vem, a intenção da companhia é propor a distribuição de 90% a 100% do lucro líquido regulatório na forma de dividendos.

Vale destacar que a proposta não mexe na distribuição dos dividendos mínimos obrigatórios estipulada pelo estatuto social da companhia. Ou seja, os proventos anuais da Taesa devem sempre ser maiores ou iguais a 50% do lucro líquido IFRS do ano.

Na avaliação do CEO, a declaração dos dividendos de 75% do lucro líquido regulatório para 2024 é importante porque “indica que a empresa está preocupada com a alavancagem, já se preparando para um novo ciclo de crescimento”.

“A gente quer preservar uma possibilidade de captações bastante competitivas. Então a gente precisa equilibrar a visão de captações competitivas para poder participar de leilões e ter um crescimento, mas também continuar sendo uma empresa que faz pagamentos de dividendos compatíveis com a sua geração de caixa.”

Questionado sobre uma potencial mudança da frequência de pagamento de proventos, o CEO afirmou que a Taesa pretende continuar a fazer trimestralmente indicações de propostas de distribuição de dividendos.

Vem captação pela frente

Além disso, segundo Rinaldo Pecchio Junior, o pagamento de 90% a 100% do lucro líquido regulatório a partir de 2025 não deve afetar a possibilidade de a Taesa participar de novos leilões regulatórios ou outras oportunidades de crescimento.

Afinal, diversas concessões da companhia vencerão em 2030 — por isso, será necessário compensar a perda da receita anual permitida (RAP) da transmissão.

“Hoje assumimos esse pagamento porque temos as condições necessárias para fazê-lo. Temos um compromisso de adequar as datas de pagamento para que consiga afetar o fluxo de caixa da menor forma possível, sempre prezando pela possibilidade de fazer pagamento com a disponibilidade do caixa. Havendo necessidade, a gente entende que ainda tem espaço para aumentar um pouco a alavancagem da companhia.”

Porém, o CEO afirmou que existe a possibilidade de novas captações daqui para frente, desde que sejam adequadas para a estrutura de capital e nível de retorno esperados para os projetos.

“Eu não consigo antecipar o que vai acontecer. É possível que a gente vá a mercado dependendo dessas necessidades e também do ritmo dos desembolsos, além dos impactos de paralisações de projetos por órgãos federais como o Ibama.”

Mais proventos da Taesa (TAEE11)

A Taesa ainda aprovou o pagamento de R$ 144,9 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), equivalente a 75% do lucro líquido regulatório do primeiro trimestre de 2024.

A cifra equivale ao valor de R$ 0,14019 por ações da Taesa (TAEE3;TAEE4) e a R$ 0,42059 por unit TAEE11.

Vale lembrar que os JCP estão sujeitos à mordida do Leão, com retenção da alíquota de 15% de imposto de renda na fonte.

O pagamento acontecerá em 27 de junho de 2024. Para ter direito aos proventos, é preciso possuir papéis da Taesa até 13 de maio. A partir do dia 14, os ativos da elétrica passam a ser negociados “ex-direitos” e tendem a sofrer ajustes na cotação.

Isso significa que o investidor pode optar por adquirir ações e units da Taesa antes da data de corte e ter direito aos proventos, ou esperar pelo dia 14 e comprar os papéis por um preço inferior, mas sem poder receber os JCP.

O pagamento dos JCP eleva a distribuição de proventos da Taesa para R$ 763 milhões no acumulado de 2024 — equivalente a R$ 2,20 por unit TAEE11.

O que dizem os analistas

Na avaliação da XP Investimentos, a mudança na política de dividendos da Taesa é uma “medida correta” por parte da administração da companhia, já que os números regulatórios estão mais próximos da geração de caixa do que o padrão contábil. 

Porém, os analistas acreditam que a ação pode ser penalizada na bolsa, uma vez que os números regulatórios devem ser menores nos próximos trimestres do que o IFRS. 

“Temos uma avaliação neutra do resultado da Taesa, uma vez que seus resultados operacionais vieram em linha com nossas expectativas. Não vemos nenhum gatilho para crescimento no curto prazo”, escreveram os analistas, em relatório.

A corretora possui recomendação neutra para a Taesa, com preço-alvo de R$ 36 por ação. 

Segundo o JP Morgan, já que o banco já previa um pagamento de dividendos mais baixo para 2024, a diferença de base de cálculo dos proventos não será significativa. 

Os analistas projetam um retorno com dividendos (dividend yield) de 8,3% para este ano, mas com risco de queda.

“O pagamento mais baixo em 2024 pode estar associado à elevada alavancagem e às necessidades de investimento no curto prazo. A empresa possui atualmente quatro linhas de transmissão em construção e reforços a serem feitos em outras quatro linhas, totalizando um capex estimado pela ANEEL de R$ 4,74 bilhões, mas já foram desembolsados R$ 1,87 bilhão”, afirmou o JP Morgan, em relatório.

O banco norte-americano possui recomendação “underweight” — equivalente à venda — para a Taesa.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOVO CAPÍTULO JUDICIAL

Braskem (BRKM5) volta ao centro da crise em Maceió com ação que cobra R$ 4 bilhões por desvalorização de 22 mil imóveis

11 de julho de 2025 - 17:26

Pedido judicial coletivo alega perdas imobiliárias provocadas pela instabilidade geológica em cinco bairros da capital alagoana, diz site

DE OLHO NO FUTURO

É hora de adicionar SLC Agrícola (SLCE3) na carteira e três analistas dizem o que chama atenção nas ações

11 de julho de 2025 - 17:24

As recomendações de compra das instituições vêm na esteira do Farm Day, evento anual realizado pela companhia

VENDA DE ATIVOS

MRV (MRVE3) resolve estancar sangria na Resia, mesmo deixando US$ 144 milhões “na mesa”; ações lideram altas na bolsa

11 de julho de 2025 - 15:25

Construtora anunciou a venda de parte relevante ativos da Resia, mesmo com prejuízo contábil de US$ 144 milhões

BUSINESS AS USUAL

ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção

11 de julho de 2025 - 15:23

Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade

VEM AÍ

Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar

11 de julho de 2025 - 15:03

Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa

CARRO SUSTENTÁVEL

Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema

11 de julho de 2025 - 12:03

Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país

CASAMENTO POSTERGADO

CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3

11 de julho de 2025 - 10:58

Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo

10 de julho de 2025 - 20:01

Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse

ATENÇÃO ACIONISTAS

Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes

10 de julho de 2025 - 19:25

O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto

REAÇÃO À PRÉVIA OPERACIONAL

Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento

10 de julho de 2025 - 19:17

Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia

MAIS UMA DERROTA

Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho

10 de julho de 2025 - 18:04

A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente

NA LINHA DE FRENTE

A Petrobras (PETR4) vai se dar mal por causa de Trump? Entenda o impacto das tarifas para a estatal

10 de julho de 2025 - 13:14

A petroleira adotou no momento uma postura mais cautelosa, mas especialistas dizem o que pode acontecer com a companhia caso a taxa de 50% dos EUA entre em vigor em 1 de agosto

PONDERAÇÃO PARA INVESTIDORES

Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes

10 de julho de 2025 - 10:17

Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco

LUZ VERDE

Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA

9 de julho de 2025 - 19:02

A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão

PRÁTICAS IRREGULARES

A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa

9 de julho de 2025 - 17:54

O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano

MAIORES DETENTORES DE BITCOIN

Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista

9 de julho de 2025 - 16:45

A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano

PROPORÇÃO 1 PARA 3

Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar

9 de julho de 2025 - 16:07

A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3

VALE MAIS QUE CANADÁ E MÉXICO

Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado

9 de julho de 2025 - 13:14

A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple

PRÉVIA OPERACIONAL

Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25

9 de julho de 2025 - 11:33

Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano

9 de julho de 2025 - 11:31

O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar