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Bradesco e BB farão oferta para tirar ações Cielo (CIEL3) da bolsa; empresa de maquininhas tem maior lucro em cinco anos

Arte conceitual mostrando uma maquininha de cartões da Cielo (CIEL3)

Cielo (CIEL3)

A Cielo (CIEL3) pode estar enfim de malas prontas para deixar a bolsa. Após muita especulação, Bradesco e Banco do Brasil farão uma oferta pública de aquisição (OPA) das ações da companhia.

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O anúncio aconteceu ontem à noite, junto com a divulgação dos resultados da empresa de maquininhas. Os dois bancos se propuseram a pagar R$ 5,35 por ação da Cielo (CIEL3), o equivalente a um prêmio de 6,36% sobre as cotações de fechamento de ontem na B3.

Com isso, a participação do Banco do Brasil na Cielo pode chegar a 49,9%, enquanto o Bradesco ficará com 50,1% do capital. Hoje os bancos possuem uma participação conjunta de 58,7% na empresa, cujo valor de mercado é de R$ 13,67 bilhões na bolsa.

Para a OPA ir adiante, os bancos ainda precisam convencer os acionistas minoritários na B3. Mas se a operação vingar, a Cielo seguirá o mesmo caminho da Rede, que o Itaú tirou da bolsa ainda em 2012, e a GetNet, que ficou pouco tempo na B3 antes que o Santander também decidisse fazer uma oferta por todas as ações.

Dividendos

Junto com a OPA, a Cielo (CIEL3) reportou o maior lucro em cinco anos e também um pagamento de R$ 410 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) para 30 de abril deste ano.

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A soma equivale a R$ 0,15198153370 bruto por ação — o JCP está sujeito à retenção de Imposto de Renda — e será destinada a quem estiver na base acionária da companhia em 15 de março.

Após a data de corte anunciada, a Cielo negociará papéis "ex-direitos" que passarão por um ajuste na cotação referente ao dinheiro já alocado.

Então você pode optar por comprar as ações agora e receber o dinheiro ou esperar a data de corte e adquirí-los por um valor menor, mas sem o crédito do JCP.

Os destaques do balanço da Cielo

Mais cedo, o banco divulgou os resultados do quarto trimestre do ano passado. O lucro líquido recorrente chegou a R$ 1,9 bilhão em 2023, alta de 26% ante 2022 e o maior resultado desde 2018.

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Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente subiu 25,1% na mesma base de comparação, para R$ 4 bilhões, enquanto a margem Ebitda ficou em 38%.

A Cateno, joint venture do Banco do Brasil com a Cielo, registrou receita líquida de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre, alta de 5,2% ante o 4T22.

Vale relembrar que a Cielo é dona de 70% do negócio, enquanto o BB tem uma participação de 30%.

*Matéria atualizada para destacar a OPA da Cielo

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