O desempenho do Mercado Livre (MELI34) no varejo on-line chama atenção não apenas de concorrentes como Casas Bahia (BHIA3) ou Magazine Luiza (MGLU3) — gigantes do mercado financeiro como o Bradesco (BBDC4) estão de olho nos executivos do Meli.
Prova disso é que o banco concluiu o processo de contratação de Túlio Oliveira, que atuou como vice-presidente sênior de Finanças do Mercado Livre, como o responsável pelo varejo digital da instituição.
Oliveira é reconhecido como referência no mercado digital. Ele passou pelo Itaú Unibanco, Pay Pal e Mercado Pago, com diferentes responsabilidades voltadas aos negócios digitais.
“Para nós, esse é um momento relevante na execução do plano traçado”, afirma o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha. “Pessoas são e serão fundamentais para nós alcançarmos os objetivos definidos e entrega de resultados”, acrescentou.
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Bradesco reforça ainda mais o time
Túlio Oliveira não chega ao Bradesco sozinho. Silvana Machado, até então era executiva da área de Talentos da Advent, já assumiu como responsável pela gestão de pessoas do banco.
Ela, que ocupa o cargo de CHRO (Chief Human Resources Officer), é formada na Poli, com mestrado em Chicago. Tem no currículo passagens por empresas de consultoria e bancos globais, como Booz-Allen, A.T. Kearney e Egon Zehnder.
Agora, a diretoria executiva do Bradesco tem três mulheres: Silvana Machado, Cintia Barcelos (Arquitetura de TI) e Renata Geiser (Auditoria e Inspetoria Geral).
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“O Bradesco tem uma imagem positiva por seu histórico de saber construir um ambiente de estímulo à evolução de carreiras para executivos e funcionários, para os formados aqui e os que chegam de fora”, disse o Noronha.
Julio Guedes, que já está exercendo as funções de gestor da área de Portfólio de Crédito, também foi contratado para o cargo de diretor. Vindo da Serasa Experian, onde era diretor de Analytics, Guedes passou pelo Fundo Garantidor de Crédito, dentre outras empresas.
Complementa a lista de contratações, nessa primeira fase, Eduardo Ventura, que veio do Citibank para ser o novo head do ultra high do Bradesco Global Private Bank.
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O longo caminho da reestruturação do Bradesco
As contratações acontecem em meio a um processo de reestruturação do Bradesco, que vem apresentando resultados abaixo dos rivais — as ações BBDC4 acumulam queda de 21% no ano.
No primeiro trimestre, a performance do banco esteve longe de impressionar: um lucro líquido de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre de 2024, o que representou uma queda de 1,6% na comparação com o mesmo período do ano passado — embora tenha sido um avanço considerável de 46,3% em relação ao quarto trimestre de 2023.
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Com a queda no lucro, a rentabilidade (ROE, na sigla em inglês) do Bradesco segue bem abaixo dos níveis históricos e ficou em 10,2% no primeiro trimestre.
Em termos de comparação, o Itaú teve lucro líquido de R$ 9,771 bilhões no primeiro trimestre de 2024, uma alta de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Além do lucro, o ROE no período foi de 21,9%.
Na mesma linha, o Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,3 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 8,8% em termos anuais, e ROE de 21,7%.