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Adeus, EAD? É hora de apostar no ensino híbrido e comprar ações da Vitru Brasil (VTRU3), afirma BofA

Vitru Educação (VTRU3)

As mudanças de regulamentação para o ensino a distância (EAD) assustaram os investidores no mês passado — mas existe uma ação de educação que pode surfar esse cenário. Depois de estrear recentemente na bolsa brasileira, a Vitru Brasil (VTRU3) pode disparar 65% até o fim do ano que vem em meio à popularização do modelo híbrido, na avaliação do Bank of America (BofA).

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O banco norte-americano iniciou a cobertura das ações com recomendação de compra e fixou um preço-alvo de R$ 23 para os papéis.

Segundo os analistas, a Vitru se apresenta como o “melhor dos dois mundos”: uma empresa líder em oferta de cursos de ensino superior EAD, mas que pode se beneficiar das discussões atuais em torno de maiores cargas de trabalho híbridas.

Além disso, o BofA avalia que as ações estão baratas. Nas contas do banco, atualmente são negociadas a um “múltiplo atrativo” de 4 vezes a relação valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) para 2025.

O que está por trás da visão otimista para a ação da Vitru (VTRU3)

Na visão do Bank of America, a Vitru (VTRU3) foi uma das principais impactadas pelos temores em relação a riscos regulatórios nos últimos meses.

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A ação VTRU caiu 40% em Wall Street desde setembro, contra uma média de 25% de baixa dos pares na B3.

Porém, segundo os analistas, ainda que as discussões sobre mudanças regulatórias no ensino à distância tenham impactado os papéis de educação, o Ministério da Educação foi menos agressivo nas alterações do que o esperado.

Vale lembrar que o MEC suspendeu até 10 de março de 2025 a criação de novos cursos e polos de graduação à distância.

“Apesar do discurso inicialmente agressivo, em março de 2024 o Ministério anunciou mudanças moderadas para os cursos de licenciatura, o que, em nossa opinião, reduz as chances de novas interrupções”, afirmaram os analistas, em relatório.

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O brilho do ensino híbrido

Em meio às limitações para o EAD, a Vitru (VTRU3) pode se destacar entre as concorrentes por seu modelo de educação híbrida, segundo o BofA.

“Considerando a relação custo-benefício, acreditamos que esse é o modelo vencedor para o longo prazo”, diz o banco. 

“O Ministério da Educação está atualmente trabalhando em uma nova estrutura regulatória para o ensino a distância, que acreditamos que incluirá medidas para aumentar a carga horária no presencial, com foco na elevação da qualidade dos cursos oferecidos”, acrescenta. 

“Devido ao seu modelo híbrido, acreditamos que a Vitru está bem posicionada para enfrentar essas mudanças, enquanto também pode se beneficiar de uma competição mais saudável se as mudanças impuserem desafios aos pequenos participantes”, completa.

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Para o Bank of America, o mercado de ensino a distância deve continuar a crescer na casa dos dois dígitos, com alguma desaceleração no ritmo de expansão, enquanto a expectativa para o presencial é de aumento de apenas um dígito.

Segundo o BofA, a combinação de aulas online com mentorias presenciais e ao vivo “captura a crescente demanda do EAD, mas também de alunos que deixam cursos puramente presenciais para buscar melhor equilíbrio preço/qualidade”.

De acordo com o banco, ainda que a maior parte das admissões em ensino superior venham de cursos EAD, as aulas síncronas “mantêm os alunos engajados e resultam em menores taxas de evasão e inadimplência” e maior captação de alunos.

“Na Vitru, os centros EAD ainda em maturação, que operam a 40% da capacidade total, devem continuar a suportar um crescimento de dois dígitos no médio prazo.”

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