As ações da Uber colocaram o pé no acelerador após anúncio, nesta quarta-feira (14), do primeiro programa de recompra de ações da empresa. O valor, segundo o comunicado, pode chegar até US$ 7 bilhões (R$ 34,7 bilhões).
Os investidores reagem positivamente e os papéis da Uber sobem 10,25%, às 12h (horário de Brasília).
O programa da Uber é uma sinalização de perspectiva positiva sobre o desempenho da companhia. Em nota, o CFO, Prashanth Mahendra-Rajah, afirmou que a decisão é um "voto de confiança no forte momento financeiro da empresa".
"Seremos cuidadosos no que se refere ao ritmo de nossa recompra, começando com ações que compensem parcialmente a remuneração baseada em ações e trabalhando para uma redução consistente no número de ações", afirmou ele.
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Para além da recompra: os lucros da Uber
Autorizado pelo conselho de administração, o plano de recompra foi impulsionado pelo anúncio do primeiro lucro operacional na história da Uber, no valor de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,4 bilhões).
Até então, a empresa não gerava lucro. Afetado pela pandemia, a Uber vinha investindo em atrair usuários através de publicidade. Após uma agressiva política de redução de custos, a companhia conquistou o primeiro resultado positivo desde 2009, quando foi fundada.
Segundo o balanço referente a 2023, o Uber teve lucro operacional anual de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,4 bilhões). No que se refere ao quarto trimestre, a companhia apresentou lucro operacional de US$ 652 milhões (R$ 3,2 bilhões).
A confiança da Uber em um cenário positivo já havia aparecido no relatório. A companhia projetou crescimento contínuo no primeiro trimestre de 2024.
Segundo o documento, a companhia prevê EBITDA ajustado de US$ 1,26 bilhão (R$ 6,2 bilhões) para US$ 1,34 bilhão (R$ 6,6 bilhões) neste ano.
Já para os próximos três anos, a Uber projeta crescimento das viagens brutas entre 15% e 19% e expansão do Ebitda ajustado na faixa de 30% a 40%.