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Brasil pode se tornar país chave para o desenvolvimento da Inteligência Artificial em um futuro sustentável, diz Itaú BBA — mas encontra 5 problemas no caminho

Nvidia (BDR: NVDC34 / Nasdaq: NVDA), a ação queridinha no setor de inteligência artificial

Nvidia (BDR: NVDC34 / Nasdaq: NVDA), a ação queridinha no setor de inteligência artificial

Não é novidade que o ramo de inteligência artificial (IA) é a joia da coroa do ramo de tecnologia dos tempos atuais. Praticamente o mundo inteiro tem voltado suas atenções para esse setor, que vem se apresentando como o pedaço mais nobre da carne dos investimentos.

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Como de costume, o Brasil não poderia ficar de fora desse “churrasco” internacional — mas, segundo um relatório do Itaú BBA, o país não deve ficar com a parte mais macia desse filé. 

Recapitulando rapidamente, inteligência artificial é um ramo vasto, que vai desde o treinamento de  modelos de linguagem (LLM, no jargão), até o desenvolvimento de computadores e infraestrutura para comportar os novos softwares (programas) e locais de armazenamento dessas informações.

Dentro desse contexto, o Brasil tende a se destacar mais no ramo de data centers, onde são armazenadas as informações que darão base aos LLM, como o ChatGPT e o Gemini, por exemplo. 

É verdade que virar um grande repositório de dados usados para IAs generativas pode não parecer um benefício à primeira vista. No entanto, o Brasil pode ser escolhido como o destino preferido das empresas do setor pela sua variedade na sua matriz energética.

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Inteligência artificial e geração verde de energia

Diversas empresas que estão desenvolvendo seus modelos de IAs, como a Alphabet, dona do Google, a Microsoft e a Amazon, encontraram uma pedra no caminho. Isso porque as estimativas apontam que a demanda global IA deva demandar um total de 12 terawatts-hora (TWh) até 2028. 

E essa pedra é o crescimento da emissão de gases de efeito estufa, que vão na contramão das metas de zerar ou reduzir tais emissões, dentro de um contexto de economia sustentável. 

A maior parte dos data centers dessas empresas está em países da Ásia e do Pacífico, onde a espinha dorsal da produção de energia é o carvão ou o petróleo. Assim, manter o armazenamento de dados nessas regiões é altamente poluente.

E é aí que entra o Brasil. De acordo com o Itaú BBA, o país tem uma matriz energética já com grande participação de energias renováveis.

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Em números: o Brasil nessa corrida

Cerca de 89% do suprimento energético brasileiro vem de fontes do gênero e ainda há espaço para que aumente ainda mais esse percentual. 

Quando comparado com a matriz energética de outros países do G20, o Brasil se torna um player ainda mais relevante, tendo a segunda menor quantidade de emissão equivalente por unidade de energia de gases de efeito estufa (33,34 kgCO2/GJ). 

Esse número é bem abaixo de outros mercados emergentes, como:

“Desde a sua criação, a capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional (SIN) é composta principalmente por usinas hidrelétricas distribuídas por bacias hidrográficas em diferentes regiões do país. Nos últimos anos, a instalação de parques eólicas e solares, principalmente na região Nordeste, vem apresentando forte crescimento, tornando-se agora um elemento chave na matriz energética”, destaca o relatório. 

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Inteligência artificial: pode vir que o Brasil tem vento

Considerando os dados disponíveis atualmente, o Brasil possui mais de 179 mil quilômetros  de linhas de transmissão em operação. Esse total deve chegar a pouco mais de 220 mil quilômetros até o final de 2032. 

Com isso, o país amplia ainda mais sua capacidade instalada de energia renovável, ao mesmo tempo em que visa uma operação otimizada da rede elétrica.

Um dos destaques do relatório do Itaú é a força dos ventos brasileiros, e o país vem aumentando cada vez mais o seu parque eólico.

As instalações, inclusive, têm batido recordes um atrás do outro durante a “safra de ventos” (período de junho ao final do ano), chegando a ponto de abastecer toda a região Nordeste por um dia inteiro e cerca de 20% do país como um todo.

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O desenvolvimento da energia eólica no Brasil já acumula investimentos superiores a US$ 42 bilhões nos últimos 11 anos. Sendo um dos países que mais investem em energia eólica no mundo, o Brasil foi classificado como potência eólica e já ocupa a sexta posição no Ranking de Capacidade Instalada da GWEC, o Conselho Global de Energia Eólica.

E os riscos a seguir 

Nem tudo serão flores para o mercado brasileiro, e os analistas do Itaú BBA enxergam isso. 

No relatório, são destacados cinco pontos de atenção para o investidor que quer aproveitar um ramo que deve crescer exponencialmente nos próximos anos. E são eles:

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