O desemprego no Brasil caiu e fechou 2023 no nível mais baixo desde 2014.
A taxa de desocupação ficou em 7,4% no trimestre encerrado em dezembro.
O dado consta da mais recente edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, trata-se da menor taxa de desemprego para um quarto trimestre desde 2014 (6,6%).
O indicador representa uma queda. Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,9%. No trimestre encerrado em novembro de 2023, a taxa de desocupação estava em 7,5%.
Desemprego recuou mais do que o esperado
O resultado ficou abaixo da previsão de 7,5% calculada a partir da mediana das estimativas de especialistas colhidas pelo Projeções Broadcast. As projeções para a taxa de desemprego variaram entre 7,3% e 7,8%.
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Outros dados da Pnad Contínua
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.032 no trimestre encerrado em dezembro. O resultado representa alta de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 301,6 bilhões no trimestre até dezembro, alta de 5,0% ante igual período do ano anterior.
Subutilização da força de trabalho também cai
Apesar da queda na taxa de desocupação, faltou trabalho para 19,9 milhões de pessoas no Brasil no trimestre terminado em dezembro de 2023.
Do total, 8,1 milhões estavam sem nenhum trabalho, segundo os dados da Pnad Contínua).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,6% no trimestre até setembro de 2023 para 17,3% no trimestre até dezembro.
Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
No trimestre até dezembro de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 18,5%.
Ainda segundo o IBGE, a população subutilizada ficou estável ante o trimestre até setembro.
Em relação ao trimestre até dezembro de 2022, esse indicador assistiu a um recuo de 6,4%. No fim de 2022, havia 21,3 milhões de pessoas nessa situação.