O dólar à vista atingiu patamares de preço que não eram vistos desde março do ano passado. Por volta das 10h50, a moeda norte-americana tocou os R$ 5,28, sendo negociada próxima desse nível desde então, com uma alta de 1,65% no mesmo horário. Acompanhe nossa cobertura de mercados aqui.
Os investidores reagem principalmente à aversão ao risco, com a escalada da tensão global em relação às guerras que seguem no mundo.
Com isso, ativos de risco como o ouro, o dólar e os títulos do Tesouro dos EUA — os chamados Treasurys — viram o refúgio dos investidores.
A recente investida do Irã contra Israel, que já estava em conflito com o Hamas, além da guerra da Rússia contra Ucrânia elevam os temores de uma escalada global dos conflitos.
- Como proteger os seus investimentos: dólar e ouro são ativos “clássicos” para quem quer blindar o patrimônio da volatilidade do mercado. Mas, afinal, qual é a melhor forma de investir em cada um deles? Descubra aqui.
Dólar também reage à meta do governo
Não apenas o cenário internacional é desfavorável. Os investidores desfazem posições na bolsa do país após uma piora de percepção sobre as contas públicas.
Na tarde de ontem (15), parte do documento do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) foi vazado — e trouxe uma notícia negativa para o mercado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo definiu a meta fiscal do próximo ano como déficit primário zero, assim como o alvo deste ano. Vale relembrar que, há um ano, a equipe econômica havia estabelecido a busca por um superávit de 0,5% do PIB em 2025.
Haddad confirmou também que a projeção para o salário mínimo no próximo ano é de R$ 1.502.