A conta de luz vai ficar mais cara em setembro, mas não tanto quanto anunciado inicialmente.
No fim de agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira vermelha patamar 2 para setembro.
- Onde investir neste mês? Veja GRATUITAMENTE as recomendações em ações, dividendos, fundos imobiliários e BDRs para agosto.
No momento daquele anúncio, a entidade citou como justificativa a expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do País, em cerca de 50% abaixo da média.
Ontem, porém, o órgão regulador revisou a bandeira tarifária para o mês em andamento.
O patamar passou de vermelho 2 para vermelho 1. A nova classificação representa um adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh).
Na bandeira vermelha 2, o acréscimo seria de R$ 7,87 a cada 100 kWh.
Erro de cálculo na conta de luz
A redução no nível da bandeira vermelha ocorreu após uma correção nos dados do Programa Mensal de Operação (PMO), de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS).
"Diante dessa alteração, a Aneel solicitou para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliação das informações e recálculo dos dados, o que indicou o acionamento da bandeira vermelha patamar 1", informou o órgão.
A Aneel também informou que serão instaurados processos de fiscalização "para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição da PMO e cálculo das bandeiras".
Na manhã da quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia apontado para uma possível revisão da bandeira tarifária.
A CCEE identificou "inconsistências" nos dados de entrada do PMO.
As inconsistências referiam-se a um erro de cálculo referente a uma unidade específica do sistema.
O erro influenciou o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), um dos indicadores para a definição da bandeira tarifária mês a mês.
"A alteração da bandeira gera desconforto em relação a outras definições relevantes no setor, feitas com base em fórmulas e dados que podem impactar a segurança jurídica e mesmo a operação do sistema", disse ao Broadcast Alexei Vivan, diretor-presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE).
*Com informações do Estadão Conteúdo