Após meses sem reajuste, o preço da gasolina e do gás de cozinha voltarão a subir para o consumidor. Nesta segunda-feira (08), a Petrobras (PETR4) anunciou que aumentará em R$ 0,20 o preço do litro de gasolina a partir de amanhã para as distribuidoras.
Com o reajuste de 7,11%, o preço de venda da gasolina A para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,01 por litro, segundo o comunicado divulgado pela companhia.
Para o consumidor final, o preço do litro nas bombas deve subir para R$ 2,20, o que representa uma alta de R$ 0,15. Esse valor representa a parcela do preço final que cabe à estatal. A estimativa é baseada na mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina C vendida aos postos.
É importante lembrar que o valor passado aos consumidores é afetado por outros fatores além do preço da Petrobras, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro de distribuição e revenda.
Segundo a companhia, esse é o primeiro reajuste nos preços de venda da gasolina em 2024. A última vez que a estatal modificou o preço do produto foi em outubro de 2023, mas dessa vez houve redução nos preços. O último aumento foi em agosto do mesmo ano, em cerca de 16% para as distribuidoras.
Ainda segundo a petroleira, desde a implementação de sua nova estratégia comercial, adotada no ano passado, a Petrobras reduziu seus preços de venda em R$ 0,17 litro.
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Preço do gás de cozinha também vai aumentar
A Petrobras também anunciou aumento do preço do gás de cozinha (GLP). O combustível subirá R$ 3,10 por botijão de 13kg (9,81%), que passa a custar R$ 34,70.
O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%) havia sido feito em 11 de março de 2022.
Ações têm leve alta após anúncio
Após o anúncio do reajuste, o papel preferencial PETR4 subiu mais de 2% na B3. Às 15h30, a ação avançava 2,40%, cotada a R$ 38,42. A ação ordinária PETR3 subia 2,16%, a R$ 41,15.
Em seu relatório, o Goldman Sachs reiterou que esta é a primeira vez que a nova gestão ajusta os preços dos combustíveis. “Por um lado, continuamos a ver preços da gasolina abaixo da paridade internacional e com margens de crack spread – diferença de preço entre um barril de petróleo bruto e um barril de combustível – negativas.”
Por outro, o banco acredita que o novo reajuste poderá reduzir as preocupações dos investidores quanto a uma potencial intervenção política de preços após a recente mudança de CEO.
O Goldman manteve a recomendação de compra das ações da Petrobras, com um preço-alvo de R$ 46,10 para as ações ordinárias (PETR3) e R$ 41,90 para as preferenciais (PETR4).