O mercado de criptomoedas andou “de lado” durante boa parte de 2023 — apesar de o bitcoin (BTC) ter entregado retornos expressivos até o fim daqueles 12 meses. Quem não descansou no período foram os golpistas do setor, que conseguiram roubar cerca de US$ 2,61 bilhões no ano passado.
Contudo, trata-se de uma queda de 27,78% em relação a 2022, quando os roubos somaram US$ 3,6 bilhões, de acordo com a agência PeckShield, de análise on-chain.
Outro dado positivo foi o número de fundos recuperados em relação ao ano anterior. Enquanto apenas cerca de 3% dos recursos foram reavidos em 2022, o percentual cresceu para pouco mais de 25% em 2023.
Ano | Número Total de Ataques e Golpes Aproximados | Perda Total | Total Recuperado | Porcentagem Recuperada |
2022 | 700 | US$ 3,6 bilhões | US$ 133 milhões | 3,69% |
2023 | 600 | US$ 2,61 bilhões | US$ 674,9 milhões | 25,86% |
Menos roubos com criptomoedas — e por quê
Assim como em outros anos, protocolos de Finanças Descentralizadas (DeFi) foram os alvos principais dos golpistas, respondendo por 67% do valor total roubado.
Vale ressaltar que o caráter de valorização exponencial do preço das criptomoedas e a relativa facilidade em se investir no setor atraem golpistas para o universo digital.
Mas a intensificação de mecanismos de segurança nesse segmento ajudou a reduzir o número de roubos, segundo a PeckShield.
A agência ainda afirma que colabora com corretoras de criptomoedas (exchanges) centralizadas, entidades do setor e com as autoridades para congelar os fundos sempre que detectam movimentos suspeitos.
No portal da PeckShield é possível acompanhar essa avaliação em tempo real.