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Um jogo de espera? Entenda o que falta para que o bitcoin (BTC) alcance — e depois supere — os US$ 100 mil

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O bitcoin (BTC) renovou as máximas históricas na última quinta-feira (21), atingindo o patamar de US$ 99.502,92, o que colocou a maior criptomoeda do mundo a um tropeço do nível psicológico de US$ 100 mil. 

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A proximidade dos US$ 100 mil por BTC gera grande ansiedade no mercado e nos investidores ao mesmo tempo que deixa uma pergunta: o que falta para ele chegar lá?

É verdade que as notícias do mercado têm sido muito positivas, desde a eleição de Donald Trump até a saída de Gary Gensler em janeiro do ano que vem da presidência da SEC, a CVM dos Estados Unidos, são algumas delas.

Gensler começou seu mandato como um nome pró-cripto, mas sua gestão ao longo dos últimos anos foi na contramão do que era esperado, sendo, inclusive, considerado uma voz contrária ao mercado de criptomoedas.

Durante a campanha, Trump chegou a dizer que trocaria o presidente da SEC por alguém mais favorável ao mercado, mas Gensler antecipou-se e informou que deixará o cargo no início de 2025. Mesmo assim, o espaço está aberto para a indicação de alguém mais alinhado com os interesses do setor. 

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Veja o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

#Nome (Símbolo)Preço (USD)Variação 24h (%)Variação 7d (%)Variação YTD (%)
1Bitcoin (BTC)US$ 98.161,510,88%9,12%132,17%
2Ethereum (ETH)US$ 3.318,21-0,78%6,80%45,42%
3Tether (USDT)US$ 1,000,08%0,09%0,09%
4Solana (SOL)US$ 255,673,28%19,18%151,86%
5BNB (BNB)US$ 623,120,07%0,37%99,47%
6Dogecoin (DOGE)US$ 0,40072,85%7,78%347,82%
7XRP (XRP)US$ 1,4427,46%65,73%133,99%
8USDC (USDC)US$ 0,99990,00%-0,01%-0,02%
9Cardano (ADA)US$ 0,900712,67%31,80%51,58%
10TRON (TRX)US$ 0,1995-0,51%5,85%85,22%
Fonte: Coin Market Cap

Bitcoin (BTC) a US$ 100 mil já é realidade?

Para Vinícius Bazan, CEO e co-fundador da Underblock, o patamar de US$ 100 mil é “inevitável” para o bitcoin. “Simplesmente uma questão de oferta e demanda, mas a gente sabe que é um patamar que existe uma resistência psicológica e gráfica”, afirma.

Isso porque, ao renovar as máximas históricas, os investidores tendem a realizar lucros antes de voltar a investir — ou embolsar o dinheiro. Ou seja, há a criação de uma “barreira” momentânea, que impede que o BTC supere os US$ 100 mil de uma vez.

“No fundo, é esse cabo de guerra entre compradores e vendedores, mas eu acredito que se a gente mantiver um fluxo positivo, principalmente para os ETFs, o BTC chegue aos US$ 100 mil”, explica Bazan, ao afirmar que a procura por fundos de índice de criptomoedas também tem ajudado no mais recente rali do mercado.

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“Em resumo, não existe nada de fundamento que falte. Agora é um jogo de espera”, afirma.

Mais notícias positivas para o mercado

Como dito anteriormente, a eleição de Trump é considerada um marco para o mercado pelo fato de o republicano ser abertamente pró-cripto. Isso deve se refletir em um avanço das pautas favoráveis ao mercado.

Para os analistas da Empiricus Valter Rebelo e Luis Kuniyoshi, são duas principais pautas que devem avançar e que são pontos-chave da nova política em relação às criptomoedas.

A primeira delas é o Bitcoin Act de 2024, apresentado pela senadora Cynthia Lummis, que visa criar uma reserva estratégica de bitcoin para os EUA. A proposta é de adquirir até um milhão de BTCs ao longo de cinco anos — o que representa cerca de 5% do fornecimento total da moeda.

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A proposta também estabelece que os bitcoins adquiridos sejam mantidos por um período mínimo de 20 anos, destacando uma estratégia de longo prazo para proteger a economia contra a inflação e fortalecer a estabilidade do dólar.

Já a segunda proposta é a Financial Innovation and Technology for the 21st Century Act — ou apenas FIT21. A medida foi aprovada pelo Congresso norte-americano, mas vetada pelo ainda presidente Joe Biden.

Mas, em resumo, a lei propõe trazer maior clareza regulatória para os ativos digitais como um todo, uma das principais exigências do mercado. Dessa forma, a supervisão será dividida entre a SEC e a Commodity Futures Trading Commission (CFTC), criando um sistema compartilhado de regulamentação.

“A proposta também enfrenta críticas devido a possíveis ambiguidades nas definições de 'ativos digitais', algo que deve melhorar com o desenvolvimento de um setor específico para tratar desse setor, e preocupações sobre sobrecarga regulatória, que podem dificultar a inovação”, dizem os analistas.

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“Ainda assim, o FIT21 é visto como um passo importante para trazer maior alinhamento regulatório e atrair investidores institucionais ao mercado”, concluem.

Seja como for, vale dizer que o mercado de criptomoedas é altamente volátil e o investidor não deve apostar todos os seus recursos nesse mercado.

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