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Enem dos concursos adiado: Governo posterga prova do CNU em todo o país após chuvas no RS

mulher preenchendo gabarito de concursos públicos

É oficial: o “Enem dos concursos” será adiado. O governo federal decidiu nesta sexta-feira (3) postergar o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) em todo o país.

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A aplicação das provas estava marcada para este domingo (5) — e, até ontem, o Ministério da Gestão e da Inovação, responsável pela elaboração da prova, afirmava que o concurso seria mantido, apesar das fortes tempestades no Rio Grande do Sul (RS).

Porém, após forte pressão para alteração das datas, incluindo da União Nacional dos Estudantes, o governo optou por adiar a prova. 

A informação foi confirmada pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil, Esther Dweck, em pronunciamento oficial na tarde desta sexta-feira (3).

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"A nossa ideia para a realização de um concurso unificado foi garantir um discurso de democratização de serviços públicos e inclusão do maior número de brasileiros nesse processo", disse a ministra. "A conclusão que chegamos hoje é que seria impossível a realização das provas no Rio Grande do Sul."

Ainda de acordo com a ministra, o estado gaúcho tem 86 mil inscritos e os exames seriam realizados em 10 cidades — algumas elas em situação de emergência.

O adiamento foi uma decisão conjunta entre a Procuradoria-Geral do Estado, Defensoria Pública da União e Advocacia-Geral da União, "para dar um respaldo jurídico necessário".

Uma nova data para a realização da prova não foi divulgada, mas ela pode ser anunciada nas próximas semanas. Segundo Dweck, o momento não permite a possibilidade de aplicação das provas "com segurança", dada a questão logística.

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Impasses para o adiamento da prova

Havia ainda uma discussão em curso sobre um potencial adiamento da realização das provas apenas para o Rio Grande do Sul. 

Entretanto, mais cedo nesta sexta-feira, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou que suspender o Concurso Público Nacional Unificado somente para os gaúchos seria “juridicamente questionável”. 

“O adiamento custaria R$ 50 milhões”, afirmou, em entrevista ao CanalGov.

Pimenta ainda destacou que nenhum candidato do Rio Grande do Sul seria prejudicado.

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Mais tarde, em nota oficial, o ministro afirmou que a decisão de adiar o concurso, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao governo federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul.

"O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária", disse Pimenta.

*Conteúdo em atualização
*Atualizado às 16h37 para incluir o posicionamento oficial do governo.

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