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Vitória dos acionistas? Petrobras (PETR4) pode distribuir parte dos dividendos extraordinários após sinal verde de Lula

Lula e Petrobras (PETR4)

Depois de ânimos acirrados nos corredores da Petrobras (PETR4), parte do “problema” dos últimos dias foi resolvido. 

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A estatal anunciou a aprovação do pagamento de proventos que estavam congelados pelo conselho de administração (CA) da companhia na noite desta sexta-feira (19). 

Ou seja, os dividendos extraordinários referentes ao quarto trimestre podem pingar nas contas dos acionistas em breve. Contudo, a proposta será submetida a aprovação pela assembleia geral ordinária (AGO), prevista para a próxima quinta-feira (25). 

Segundo o comunicado da estatal, serão distribuídos até 50% dos R$ 43 bilhões previstos, o que equivale a pouco mais de R$ 20 bilhões. 

A porcentagem, de acordo com a Petrobras, não compromete a sustentabilidade financeira da companhia — com base nos "cenários dinâmicos, como a evolução do Brent, do câmbio e outros fatores" na avaliação da maioria dos conselheiros da estatal. 

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O impasse sobre o pagamento dos dividendos começou em 7 de março, quando a maioria do CA da Petrobras decidiu reter os dividendos extraordinários apurados no exercício de 2023, a contragosto do presidente da estatal, Jean Paul Prates — que propunha o pagamento de metade do valor e se absteve de votar — e dos representantes minoritários, que votaram pelo pagamento integral.

Desde então, uma crise sistêmica se instalou no alto escalão da companhia, com a fritura de Prates na cadeira de comando e a força-tarefa do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para emplacar um aliado no cargo de CEO da Petrobras. Um dos motivos era a defesa pela retenção dos dividendos. 

Até o presidente do BNDES e ex-ministro Aloizio Mercadante foi cotado para o cargo.

Sinal verde de Lula 

A aprovação da distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras teve a votação a favor do governo após o sinal verde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. 

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A chancela de Lula aconteceu depois da avaliação de que o plano de investimentos da companhia não será comprometido pelos pagamentos dos proventos adicionais. 

No início do mês, o presidente havia solicitado para um grupo de auxiliares do governo cálculos sobre quanto era possível distribuir em proventos sem comprometer o plano de investimentos da Petrobras. 

Caso a distribuição dos proventos seja aprovada também na assembleia geral, cerca de R$ 6 bilhões serão destinados aos cofres da União — já que o governo é o acionista controlador da estatal. 

O recurso reforçará o caixa do governo e auxiliará o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no cumprimento da meta de déficit zero em 2024. 

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Vale lembrar que Haddad atuou, nos últimos dias, como mediador da discussão sobre os proventos em busca de uma saída para o impasse. 

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