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Horas antes de balanço e possível definição sobre CEO, Vale (VALE3) anuncia compra de 15% de subsidiária da Anglo American no Brasil por R$ 776 milhões

Vale (VALE3)

VALE3 tem cenário positivo, com dividendos na casa dos 9% e futuro promissor do minério de ferro

A Vale (VALE3) vai divulgar na noite desta quinta-feira (22) o balanço referente ao quarto trimestre de 2023.

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A expectativa é de que o Ebitda da Vale tenha crescido 40% na comparação com o mesmo período de 2022, alcançando US$ 6,48 bilhões, segundo projeções do Broadcast.

Paralelamente, o conselho de administração da mineradora talvez aproveite para discutir hoje o processo de sucessão em meio a dúvidas quanto à permanência de Eduardo Bartolomeo na posição de CEO.

O mandato de Bartolomeo termina em maio e o conselho da Vale tem se mostrado dividido entre uma possível recondução e a abertura de um processo para recrutar um novo executivo.

Enquanto os participantes do mercado aguardam, a Vale anunciou nesta quinta-feira a assinatura de um acordo por meio do qual pagará US$ 157,5 milhões (R$ 776 milhões na cotação de hoje) por 15% da Anglo American Minério de Ferro Brasil.

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A subsidiária da Anglo American detém atualmente o complexo Minas-Rio e os recursos da Vale da Serra da Serpentina.

O que a Vale está comprando

O complexo Minas-Rio é uma operação integrada de minério de ferro com capacidade de produção de pellet feed de alta qualidade de 26,5 milhões de toneldas por ano (Mtpa).

Há ainda o potencial de expansão para até 31 Mtpa na configuração atual.

A operação conta com estruturas de mina, usina, geotécnica e de suporte em Minas Gerais e um mineroduto de 529 km conectando a usina às plantas de filtragem no Porto do Açu no Rio de Janeiro.

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Minas-Rio produziu 24 milhões de toneladas de minério de ferro em 2023, informou a Vale. O ebitda total do complexo foi de US$ 1,4 bilhão no período.

Já o depósito da Serra da Serpentina é contínuo ao complexo Minas-Rio e possui recursos estimados em 4,3 bilhões de toneladas.

A Vale esclarece que a Anglo American continuará a controlar, gerenciar e operar Minas-Rio, inclusive depois de uma eventual expansão no futuro.

Na avaliação do banco Itaú BBA, trata-se de uma negociação pequena, mas positiva para a Vale no que se refere à melhora de qualidade de seu portfólio.

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Operação sujeita a ajustes

O valor da transação está sujeito a ajustes da dívida líquida e à variação do capital de giro até a data de fechamento do acordo.

Além disso, se a média do preço de referência do minério de ferro permanecer acima de US$ 100/t ou abaixo de US$ 80/t por quatro anos, um ajuste no valor de pagamento poderá ser proposto pela Anglo American ou pela Vale.

A expectativa é de que a transação seja concluída no quarto trimestre de 2024.

Ao mesmo tempo, caso a Minas-Rio seja expandida no futuro, a Vale também terá a opção de compra de uma participação adicional de 15% na operação.

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Por que a Vale fechou esse acordo

“Temos o prazer de formar uma parceria com a Anglo American para apoiar a demanda crescente por minério de ferro de alta qualidade à medida que nossos clientes aceleram suas transições para uma siderurgia com baixa emissão de carbono", destacou Bartolomeo, o CEO da Vale.

A Vale também enxerga sinergias com o depósito de Serpentina e a própria logística da mineradora.

Os mesmos aspectos foram destacados pelo presidente da Anglo American, Duncan Wanblad.

Problemas para a Vale no Pará

O governo do Pará suspendeu a licença ambiental da Vale Metais Básicos para operar a mina do Sossego, em Canaã dos Carajás.

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A suspensão baseou-se na análise de relatórios anuais de informação ambiental, "especificamente à execução dos Programas do Meio Socioeconômico referentes aos anos 2021 e 2022".

A unidade da Vale para metais de transição energética está avaliando as medidas necessárias para recuperar a licença, informou a companhia.

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