Tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos, a quarta-feira (22) é de forte queda para as ações da XP. Os papéis listados na Nasdaq tombaram mais de 16%, enquanto os BDRs XPBR31, negociados na B3, tiveram um recuo de 15,38%, a R$ 92,87 hoje.
A performance negativa repercute o balanço do primeiro trimestre da companhia, divulgado na noite de ontem. A XP reportou lucro líquido de R$ 1 bilhão no período, alta de 29% ante os R$ 796 milhões registrados no início do ano passado.
Os ativos totais de clientes, métrica operacional importante para compreender o desempenho de uma corretora de valores, avançou 20% na mesma base de comparação, para R$ 1,1 trilhão.
Já a captação líquida total, outro indicador chave do setor, ficou em R$ 15 bilhões, abaixo dos R$ 16 bilhões do 1T23.
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Analistas avaliam o balanço da XP
Para o BTG Pactual, que avaliou o balanço em relatório publicado mais cedo, que "não há muito o que escrever" sobre os resultados. Segundo o banco de investimentos, os números vieram em linha com expectativas "que estavam longe de ser altas", especialmente considerando a queda recente das ações.
"Num ambiente em que os juros devem permanecer elevados por mais tempo e com falta de iniciativas claras para impulsionar novos negócios, as ações da XP carecem de 'ímpeto'", escrevem os analistas.
Ainda assim, o banco manteve a recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de US$ 28. A posição é justificada pelo valution "pouco exigente", mas os analistas destacam que preferem outras opções no setor financeiro brasileiro.
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Já o Bank of America afirmou que o ambiente de taxas elevadas adiou uma melhoria esperada nos lucros da XP, o que reflete na performance dos papéis.
Mas, assim como o BTG Pactual, o Bofa considerou o valuation descontado das ações e manteve a recomendação de compra para a corretora, com preço-alvo de US$ 31.