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Petróleo em alta: o que faz o barril se aproximar dos US$ 90 e atingir o maior nível desde outubro de 2023

Barril de petróleo sobre dólares

Os conflitos no Oriente Médio são um dos principais responsáveis pela volatilidade do petróleo nos últimos meses. A escalada das tensões geopolíticas, porém, ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (2). 

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Em consequência, o barril da commodity atingiu o maior nível em cinco meses ao se aproximar do patamar de US$ 90. 

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent — referência mundial — com vencimento para junho operavam em alta de 1,69%, com o barril a US$ 88,22. Mais cedo, o barril chegou a ser cotado a US$ 89,08, na máxima intradiária.

Desde o início do ano, os futuros do Brent têm oscilado entre US$ 75 e US$ 85 o barril, com o risco geopolítico no radar. 

Já os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI)  — referência para o mercado norte-americano — para maio avançaram 1,72%, a US$ 88,92, o maior patamar desde 27 de outubro. Siga os mercados.

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Os motivos para alta do petróleo hoje

O Irã, importante aliado do grupo Houthis — que tem como alvo embarcações no Mar Vermelho com ligações com Israel como um protesto contra a  ofensiva militarem Gaza —  acusou hoje os israelenses pelo ataque ao consulado do país em Damasco, na Síria, ocorrido segunda-feira (1°).

Israel não declarou responsabilidade pelo ataque e um porta-voz do governo disse que não comentaria as reportagens da imprensa estrangeira, segundo a Sky News.

A escalada das tensões na região suscita, mais uma vez, incertezas sobre a oferta e abastecimento do petróleo em todo o mundo. Isso porque o Irã é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Além disso, há também novas ameaças de ataques ucranianos a instalações energéticas russas. Mais cedo, um drone da Ucrânia atingiu uma das maiores refinarias da Rússia. 

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A partir de uma análise de imagens feita pela Reuters, o ataque atingiu a principal unidade de refino de petróleo, que tem capacidade de produzir cerca de 340 mil barris por dia (bpd). 

Vale lembrar que a Rússia, que é uma das maiores exportadoras mundiais da commodity, tem enfrentado uma série de ataques ucranianos às refinarias e, em contrapartida, tem intensificado a ofensiva à infraestrutura energética da Ucrânia.

Reunião da Opep+ no radar

Além dos conflitos no Oriente Médio e a guerra entre Rússia e Ucrânia, a proximidade da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (grupo conhecido como Opep+) também impacta no desempenho do petróleo hoje. 

O cartel se reúne na próxima quarta-feira (3) e a expectativa é de que mantenha a atual política de produção de petróleo em meio aos cortes voluntários da Rússia e da Arábia Saudita. Juntos, os países devem reduzir a produção de cerca de 1,3 milhão de barris por dia até o fim do ano. 

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Reflexo na bolsa brasileira 

O avanço de mais de 1% do petróleo no mercado internacional dá fôlego às companhias do setor na B3. 

Em destaque, a Petrobras retomou o patamar de R$ 500 bilhões em valor de mercado, após 16 pregões.  

Vale mencionar que a estatal perdeu mais de R$ 55 bilhões em um único dia após decidir pelo congelamento do pagamento dos dividendos extraordinários referentes ao quarto trimestre de 2023.

Além disso, o mercado repercute a combinação de negócios entre a Enauta (ENAT3) e a petroleira junior 3R Petroleum (RRRP3) — que, por sua vez, suspendeu as negociações de fusão com a PetroReconcavo (RECV3) iniciadas em fevereiro

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Confira o desempenho das companhias de petróleo no Ibovespa: 

CÓDIGONOMEULTVAR
PETR3Petrobras ONR$ 39,612,72%
PETR4Petrobras PNR$ 38,632,60%
PRIO3PRIO ONR$ 49,071,41%
RRRP33R Petroleum ONR$ 33,210,33%
RECV3PetroReconcavo ONR$ 21,10-8,89%
Fonte: B3; Cotação de fechamento


*Com informações de Reuters, CNN e CNBC

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