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Fundo imobiliário TRBL11 anuncia dividendos menores e cotas recuam na bolsa; veja o que afeta os proventos

Miniaturas de casas escorregando por uma seta que representa a queda das cotas de fundos imobiliários na bolsa ou dividendos dos FIIs

As cotas de fundos imobiliários são negociadas em bolsa e podem sofrer flutuações diárias

Após registrar fortes altas nos últimos pregões, o fundo imobiliário Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11) vive um dia de queda no pregão desta sexta-feira (1).

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O FII chegou a cair mais de 9% mais cedo e, por volta das 13h30, ainda operava em queda de 2,6%, cotado em R$ 67,80.

O desempenho negativo ocorre no pregão seguinte ao anúncio dos dividendos de novembro. O TRBL11 comunicou que pagará R$ 0,62 por cota neste mês, uma queda de cerca de 27% ante à distribuição de outubro.

TRBL11 enfrenta empasse com locatário

Vale relembrar que o fundo imobiliário está no meio de um impasse com um de seus principais locatários, os Correios. A estatal suspendeu as atividades em um imóvel do FII localizado em Contagem, Minas Gerais, no mês passado após identificar problemas no recalque de uma das placas de vedação lateral do ativo.

Alguns dias depois, a Defesa Civil determinou a interdição parcial do imóvel e o monitoramento contínuo do centro logístico. A área interditada corresponde a 6% do empreendimento.

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A situação levou a uma troca de acusações entre as partes. Segundo as gestoras do FII, o locatário é contratualmente responsável pelas manutenções preventivas, corretivas e preditivas do imóvel, mas não vinha realizando o necessário.

Já os Correios dizem estar estabelecido em contrato que "a responsabilidade por reparos estruturais é do locador e não dos Correios, a quem cabe apenas manutenção". Confira aqui os principais argumentos de ambas as partes.

O impacto dos dividendos

Além das discussões já em curso a respeito do imóvel, um novo ponto de divergência entre locador e locatário surgiu nesta semana.

O TRBL11 foi notificado na última terça-feira (29) que o aluguel do mês de outubro a ser pago pelos Correios contemplaria apenas parte do período, considerando o uso do empreendimento até o dia 13.

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Em comunicado enviado ao mercado, as gestoras e administradora do fundo destacam que a data informada pela estatal é anterior à primeira visita realizada pela Defesa Civil no imóvel. Ressaltam também que foram notificadas da interdição total apenas em 25 de outubro.

Afirmam ainda que, segundo o contrato, o aluguel deve ser pago integralmente até o dia 15, data da interdição parcial e, proporcionalmente com desconto de 6%, até o dia 25 de outubro.

"O fundo tomará as providências necessárias de forma a garantir o cumprimento do contrato de locação atípico", destaca o comunicado.

Mas, por enquanto, o impacto negativo no resultado caixa de novembro deve ser de cerca de R$ 0,20 por cota. Caso os Correios pague o aluguel de acordo com o entendimento da gestora, o efeito cairia para R$ 0,07 por cota.

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Já a estatal destaca que desocupou, de maneira preventiva, o prédio em 11 de outubro devido ao agravamento de falhas na estrutura da edificação. "Além da desocupação, a falta de segurança também impôs a paralisação das operações a partir do dia 14, ações que foram comunicadas ao locador", afirmam os Correios em nota enviada ao Seu Dinheiro.

"A Defesa Civil do município, também acionada pelos Correios, esteve no local no dia 15 e apresentou laudo técnico, orientando a interdição temporária do imóvel. Diante de todo o cenário e conforme estabelecido em contrato, o valor do aluguel referente ao mês de outubro deve ser pago até o dia 13. A estatal reitera que todas as providências tomadas buscaram resguardar a integridade física das empregadas e dos empregados que trabalham na unidade", diz a nota.

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