Quem está sempre em busca de ações com boas perspectivas de pagamento de dividendos já pode colocar mais um nome no radar: a Syn Prop & Tech (SYNE3). De acordo com o BTG Pactual, a companhia pode distribuir R$ 1 bilhão em proventos ainda este ano.
O banco de investimentos calcula, em relatório divulgado nesta quinta-feira (4), que a empresa deve registrar um yield de 70% em 2024 após a venda de um pacote de imóveis para o fundo imobiliário XP Malls (XPML11).
A operação, que inclui participações de 23% a 85% em seis shoppings centers, foi acertada por R$ 1,85 bilhão em fevereiro e concluída na semana passada.
Com isso, a companhia já recebeu R$ 941,2 milhões até agora. O valor remanescente será pago em duas parcelas: uma de R$ 358,78 milhões com vencimento em dezembro de 2024 e outra de R$ 550 milhões para o ano seguinte. Ambas serão corrigidas pelo CDI, que ainda está acima dos dois dígitos.
Valrelembrar que a Syn manteve fatias menores em cinco dos empreendimentos negociados e continuará responsável pela administração deles. A exceção é o Shopping Cerrado, no qual a companhia optou por desfazer-se de toda a sua participação.
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Ações já subiram 90% em 2024, mas BTG vê espaço para mais altas (e dividendos)
O BTG destaca que o balanço da companhia deve ficar "extremamente desalavancado", com um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 80 milhões em 2025.
"Em meio a um cenário macro difícil, que privilegia alocações de curto prazo, a SYN poderá pagar até R$ 1 bilhão em dividendos, um rendimento atraente de aproximadamente 70%", estima o banco.
O banco relembra que já havia elevado a recomendação das ações SYNE3 para compra quando o negócio com o XPML11 foi anunciado e os papéis dispararam mais de 70%.
De lá para cá, a companhia manteve a trajetória de alta no mercado, registrando ganhos de 16% contra uma queda de 5% do Ibovespa no mesmo período.
Mas, apesar do avanço acumulado em 2024 já ultrapassar os 90%, o BTG ainda enxerga espaço para mais. "Estamos revisando nossas estimativas e reforçando nossa recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 12 por ação que reflete o valuation barato e oferece um potencial upside de 30%", dizem os analistas.