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Dólar livre na Argentina? Milei diz o que precisa acontecer para governo eliminar o controle sobre o câmbio de vez

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Dotado de uma força descomunal, Hércules ganhou fama por ter deixado o mundo seguro para a humanidade ao destruir diversos monstros perigosos. No caso da Argentina, o presidente Javier Milei é que tem uma tarefa hercúlea com o dólar. 

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Milei estimou que para acabar com o controle cambial devem entrar “cerca de US$ 15 bilhões” no Banco Central. Ele, no entanto, se mostrou otimista dizendo que isso pode acontecer até meados deste ano. 

“Se alguém me der o dinheiro, saímos três meses antes”, disse o presidente da Argentina durante uma entrevista ao LN+. “Se domarmos a inflação e abrirmos as ações, a atividade econômica se recupera”, acrescentou. 

Em três meses, o Banco Central da Argentina acumulou cerca de US$ 10 bilhões em compras líquidas no mercado e as reservas internacionais brutas estão em US$ 28 bilhões — mas posição líquida ainda é negativa em mais de US$ 7 bilhões.

Dólar livre na Argentina: quando?

Milei analisou quando poderá ocorrer a liberação do câmbio. “Se olharmos para a base monetária ao longo do século XXI, em média, ela representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto. Hoje esse número [na Argentina] é de 2,6%, ou seja, estou desmonetizado”, afirmou.

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Segundo o presidente argentino, o crédito ao setor privado não financeiro em qualquer país da região está acima dos 70% e na Argentina está em 4% — o que, segundo ele, “é um desastre”. 

“Como estou muito desmonetizado, há economistas que consideram que posso abrir [as ações] hoje e é verdade, mas atenção: abrir implica que tenho que parar de emitir [pesos] e isso pode provocar uma corrida”, afirmou. 

Mais dólar nos bancos

Os hermanos voltaram a levar mais de US$ 2,3 bilhões (R$ 11,4 bilhões) aos bancos da Argentina desde que Milei assumiu a presidência, em 10 de dezembro. 

O salto de quase 17%, para US$ 16,4 bilhões (R$ 81,5 bilhões), significa que os depósitos em dólares nos primeiros três meses do novo governo recuperaram completamente as perdas do ano passado, segundo dados do Banco Central da Argentina. 

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Na Argentina, as contas correntes são denominadas em pesos, enquanto as contas poupança podem ser denominadas em dólares. 

Porém, devido às restrições, apenas alguns poupadores podem comprar US$ 200 por mês e com impostos. Por isso, em geral as pessoas tendem a comprar o dólar MEP ou Bolsa, que é mais barato que o dólar poupança e, ao contrário do dólar blue, é legal.

De acordo com especialistas consultados pela Bloomberg, o aumento dos depósitos nos bancos argentinos é um reflexo direto do otimismo da população com o governo de Milei.  

*Com informações do La Nacion

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