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Capitânia pede assembleia para discutir troca na gestão do XPPR11, fundo imobiliário gerido pela XP

Vista aérea do edifício Faria Lima Plaza, que está no portfólio do fundo imobiliário XPPR11

O Faria Lima Plaza é um edifício de 20 andares e mais de 40 mil metros quadrados localizado no Largo da Batata, em São Paulo.

Conhecida pela postura ativista em relação aos fundos imobiliários nos quais investe, a Capitânia Investimentos tenta promover uma troca no comando do XP Properties (XPPR11).

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De acordo com um comunicado enviado ao mercado pela administradora do FII, a Vórtx, fundos da Capitânia que detêm mais de 5% das cotas do XPPR11 solicitaram a convocação de uma assembleia. E o principal item da pauta é uma mudança gestão, atualmente feita pela XP Asset.

A Capitânia propõe que a XP seja substituída pela V2 Investimentos, casa que atualmente conta com quatro fundos imobiliários no portfólio. Além disso, pede que o XP Properties seja renomeado para V2 Properties para refletir a troca.

A Vórtx afirmou que vai adotar as providências adequadas para convocar uma assembleia geral de cotistas e discutir a pauta.

Procuradas pelo Seu Dinheiro, Capitânia e XP informaram que não irão se pronunciar sobre o tema. Já a V2 Investimentos não retornou até a publicação deste texto, que será atualizada caso a gestora envie um posicionamento oficial.

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XPPR11 tem quase 46 mil cotistas

O XPPR11 conta com quase 46 mil investidores em sua base de cotistas, incluindo 45,8 mil pessoas físicas, 12 FIIs e 18 fundos de investimento de outras classes.

Lançado em dezembro de 2019, o fundo foca na aquisição e exploração comercial de empreendimentos voltados aos segmentos de escritórios, educação e hospitais.

O portfólio conta com dois edifícios localizados em Barueri, São Paulo, e um prédio na Avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos endereços corporativos mais famosos da capital paulista.

Negociadas na B3, as cotas do fundo acumulam queda de 34% neste ano. Um dos fatores pelos quais o XPPR11 é penalizado pelo mercado é a alta vacância física do portfólio. O indicador iniciou 2024 em 43% e recuou de lá para cá, mas ainda está em um patamar elevado, de 39%.

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Capitânia liderou troca na gestão de fundo agro

Essa não é a primeira vez que a Capitânia se movimenta para trocar o comando de um fundo em 2024. Ela solicitou em maio que o então Quasar Agro (QAGR11), gerido pela Quasar Asset, passasse a ficar sob o guarda-chuva da VBI Real Estate.

Na época, a proposta foi alvo de protestos por parte da Quasar, que acusou a Capitânia de adotar uma "estratégia predatória".

Ainda assim, substituição foi aprovada em maio por investidores que representavam cerca de 42,1% das cotas de emissão do fundo, contra 1% de rejeição e 0,3% de abstenção. Com isso, o nome do fundo também foi alterado para VBI Agro.

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