RESUMO DO DIA: Pelo terceiro dia consecutivo, a cautela ditou o desempenho das bolsas de valores, com a agenda cheia de indicadores nas principais economias do mundo. Combinado com o recuo das commodities, o Ibovespa não escapou dessa tendência e fechou em queda.
O principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com recuo de 0,60%, aos 128.523 pontos. Já o dólar teve leve alta de 0,09% no mercado à vista e encerrou cotado a R$ 4,9301.
Por aqui, o leve crescimento do varejo foi o destaque do dia. As vendas do setor avançaram 0,1% em novembro ante outubro, em linha com o esperado. Na base anual, a alta foi 2,2% no mês. As negociações sobre as medidas de compensação à desoneração da folha de pagamento também seguiram no radar.
Mas o cenário local ficou em segundo plano e as políticas monetárias dos Estados Unidos e da Europa concentraram, mais uma vez, as atenções com a divulgação de indicadores econômicos.
Na maior economia do mundo, as vendas no varejo subiram 0,6% entre novembro e dezembro, a US$ 709,9 bilhões, com ajustes sazonais, segundo o Departamento do Comércio. O resultado veio acima do esperado e reduziu as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em março.
Vale lembrar que a redução das chances de afrouxamento monetário nos EUA começaram ontem (16), com as declarações do diretor do Fed, Christopher Waller. Ele afirmou que o banco central norte-americano deve empregar um corte de juros de 0,75 ponto percentual em 2024, menor do que o esperado pelo mercado.
Dada a cautela após os dados, a divulgação do Livro Bege não repercutiu nos mercados de NY.
Na Europa, a inflação no Reino Unido acelerou a 4% na base anual, contrariando as expectativas.
Na China, o PIB cresceu 5,2% em 2023, superando por pouco a meta estabelecida pelo governo (5%). Apesar de positivo, o mercado teme que o cumprimento da meta desencoraje o governo a adotar medidas adicionais de estímulo à economia.
Confira o que movimentou os mercados nesta quarta-feira (17):