RESUMO DO DIA: Hoje foi um dia de pregão com liquidez inferior à habitual para o Ibovespa. Mas, após uma manhã em queda, o índice inverteu o sinal e fechou em alta com o apoio de ações do setor de consumo - especialmente as do Pão de Açúcar, que saltaram 22% - e da Petrobras (PETR4).
O índice subiu 0,41% hoje, aos 131.520 pontos. Já o dólar à vista subiu 0,18%, cotado em R$ 4,8662.
O feriado pelo Dia de Martin Luther King nos Estados Unidos afastou os investidores norte-americanos de Wall Street neste início de semana. Já na Europa, onde os negócios foram realizados normalmente, as principais bolsas de valores caíram.
O desempenho negativo ocorreu após falas de dirigentes do Banco Central Europeu que indicam divergências entre os membros do órgão.
Enquanto o presidente do BC Alemão Joachim Nagel levantou a possibilidade de discussões sobre cortes no verão do hemisfério norte, em junho, o líder do Banco Central da Áustria, Robert Holzmann, afirmou que o BCE pode iniciar a queda dos juros apenas no próximo ano.
Com isso, as atenções locais se voltaram para Brasília. Sem grandes eventos macroeconômicos na agenda, o mercado concentrou-se no possível impacto da reoneração da folha de pagamento na economia.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estariam em busca de uma saída para o impasse entre a arrecadação do governo e os custos trabalhistas para empresas brasileiras de 17 setores.
De acordo com informações do Broadcast, os dois conversaram por telefone hoje é a expectativa de Haddad para a reunião "é boa, como sempre".
"Nossa preocupação é com o orçamento aprovado", afirmou ele, relembrando que o texto foi votado sem previsão do impacto que uma nova desoneração teria nas metas do governo — especialmente no objetivo de zerar o déficit primário ainda este ano.
"O papel da Fazenda é harmonizar o orçamento com propostas aprovadas. Pedi para a Receita reestimar o impacto dos projetos que não estão no orçamento", explicou Haddad, acrescentando que sua prioridade é entregar esse levantamento a Pacheco.
Confira o que movimentou os mercados nesta segunda-feira (15):