RESUMO DO DIA: O recuo das commodities impediu o avanço da bolsa brasileira, na véspera de novos dados de inflação.
O Ibovespa fechou em tom negativo pelo segundo pregão consecutivo. O índice caiu 0,46%, aos 130.841 pontos.
O dólar também perdeu força e encerrou o dia a R$ 4,8916, com baixa de 0,30%, no mercado à vista.
Depois da retomada das discussões entre o Congresso e o governo sobre a medida provisória da compensação à desoneração da folha de pagamentos no início da semana, as movimentações em Brasília ficaram em segundo plano.
O destaque do dia foi a participação de Diogo Abry Guillen, diretor de Política Monetária do Banco Central, em evento. Entre as declarações, ele disse que a taxa terminal da Selic ainda não foi comunicada pelo Copom para evitar "mais ruído do que sinal ao mercado".
Além disso, os investidores calibraram as expectativas de inflação. Para o IPCA, principal referência de preços do país, o mercado espera uma alta de 0,49% em dezembro, ante avanço de 0,28% em novembro. O dado será divulgado amanhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), às 9h (horário de Brasília).
Lá fora, o foco também foi inflação. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro nos Estados Unidos deverá ditar as movimentações do mercado internacional, com a possível revisão de perspectiva sobre a política monetária da maior economia do mundo.
Os investidores aguardam o CPI após o relatório de empregos do país, o payroll, apresentar dados mistos — com aumento na abertura de vagas e revisão de criação de vagas de emprego em outubro e em novembro.
Hoje, com a agenda esvaziada no exterior, o mercado acompanhou falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e membros do Banco Central Europeu (BCE).
Confira o que movimentou os mercados nesta quarta-feira (10):