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Ambipar (AMBP3): Fundo ligado a Tanure reduz posição e faz trade multimilionário com ações

Caminhões da Ambipar (AMBP3)

Caminhões da Ambipar (AMBP3)

Alvo de intensa especulação na B3 nos últimos meses, as ações da Ambipar (AMBP3) renderam um trade multimilionário a fundos cujos recursos são atribuídos ao empresário Nelson Tanure.

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A gestora Trustee, pela qual Tanure mantém a posição, anunciou a redução na participação na empresa de gestão ambiental para 11,89% do capital. Lembrando que os fundos chegaram a ter pouco mais de 15% da companhia.

O comunicado da Tustree não revela o valor da operação com os fundos de Tanure nem quando as operações aconteceram. Também não está claro se o empresário ainda detém a participação por outros veículos, já que o texto fala em "transferência de gestão de um dos fundos de investimento".

Mas com base na média das cotações da Ambipar nos últimos dias, a posição vale aproximadamente R$ 720 milhões.

Se houve venda, os fundos da Trustee tiveram um lucro astronômico. Isso porque a gestora começou a montar posição relevante na empresa em julho deste ano, quando as cotações estavam na casa dos R$ 20. Já no pregão de ontem, as ações da Ambipar (AMBP3) fecharam a R$ 138. A empresa vale hoje R$ 23 bilhões na B3.

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Fonte: Google

Ambipar (AMBP3), Tanure e um rali inédito -- e controverso

As ações da Ambipar passam uma escalada praticamente sem precedentes desde o fim de maio, com uma valorização de mais de 1.600% na B3. O movimento teve início após uma série de aquisições dos papéis na bolsa pelo controlador da companhia, Tércio Borlenghi Junior.

Além disso, a própria Ambipar foi a mercado com um programa de recompra de ações. A entrada dos fundos da Trustee que têm Nelson Tanure como cotista impulsionou ainda mais os papéis.

A alta das ações da Ambipar levou a um movimento de short squeeze. Ou seja, os investidores que apostavam na queda dos papéis foram forçados a cobrir as posições. Esse movimento amplificou ainda mais a valorização na bolsa.

Ao mesmo tempo, a quantidade de ações disponíveis para aluguel — necessário para manter a posição vendida — diminuiu graças às compras do controlador e da Trustee, o que provocou uma explosão das taxas.

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No mercado, a dúvida é se a gestora atuou em conjunto com o controlador da Ambipar na compra das ações para forçar o short squeeze.

Mas a Trustee informou que não celebrou "contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela companhia".

Nomes de Tanure no conselho

Por fim, vale lembrar que a Ambipar aprovou a indicação de dois nomes da Trustee para compor o conselho de administração em assembleia de acionistas na última segunda-feira (14).

O primeiro deles é Pedro de Moraes Borba, membro do conselho de duas empresas ligadas a Tanure: a Alliança Saúde e Participações e a Light. O outro nome é o de Arnaldo Hossepian Junior, atual presidente da Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e ex-procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo.

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