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Ação do ex-dono do Grupo Pão de Açúcar desaba quase 50% na bolsa francesa em um único dia e vira “penny stock”

Grupo Casino, ex-controlador do Grupo Pão de Açúcar

Fachada da sede do grupo varejista francês Casino Guichard-Perrachon, ex-controlador do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3)

O processo de reestruturação do grupo Casino, ex-controlador do Grupo Pão de Açúcar, ganhou um novo capítulo e a resposta do mercado foi rápida — e sem nada para comemorar.

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As ações da Casino Guichard-Perrachon despencaram 45% na Bolsa de Paris nesta terça-feira (26). No menor nível histórico e cotado a apenas 0,11 euros, o grupo integra o nada honroso grupo das “penny stocks” — papéis negociados a centavos na bolsa.  

O ex-poderoso grupo francês vale hoje irrisórios 12 milhões de euros na bolsa.

A queda brusca ocorreu após o Casino anunciar que emitirá bilhões em novas ações ordinárias para arrecadar valores equivalentes em euros.

O objetivo, assim como em outras medidas que incluíram a venda de negócios, é abater a dívida bilionária da companhia de forma "acelerada".

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Desta forma, a operação deve provocar uma  diluição “profunda” entre os acionistas atuais. 

A medida será aplicada nesta quarta-feira (27), o que causará a suspensão das negociações dos papéis por, pelo menos, 24 horas. 

O Casino, que passa por longo processo de reestruturação, não é mais controlador do Grupo Pão de Açúcar desde 14 de março, mas mantém uma participação de pouco mais de 20% na rede brasileira. 

Último passo? 

O encerramento do processo de reestruturação prevê a subscrição das ações até 27 de março de 2024, com garantias paralelas à expansão de capital. 

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A estimativa é de que a diluição reduza a participação de capital dos investidores no grupo varejista de 1% para 0,003%. 

Por fim, as negociações dos papéis do Casino devem retornar na quinta-feira (28), caso a "reestruturação financeira seja concluída com sucesso".

Recuperação judicial da Casino 

No fim de 2023, a varejista entrou em negociações com credores para uma injeção de capital para manter as operações em andamento. 

Para isso, foi criado um consórcio formado pelo bilionário tcheco Daniel Kretinsky e composto por bancos e um grupo de credores para a injeção de bilhões de euros e a conversão de dívidas em ações. 

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O plano de reestruturação do grupo francês foi aprovado em fevereiro pela Justiça francesa

*Com informações de Estadão Conteúdo, CNBC, Reuters 

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