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Ação da Raízen (RAIZ4) cai na B3 e São Martinho (SMTO3) lidera baixas no Ibovespa após incêndios em áreas de produção em SP

Placa com o logo da Raízen (RAIZ4), subsidiária da Cosan que fez IPO em 2021

Os estragos causados pelos incêndios que atingiram regiões do Estado de São Paulo no último final de semana já indicavam que São Martinho (SMTO3) e Raízen (RAIZ4) teriam um certo trabalho pela frente para minimizar os impactos em suas produções.

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No entanto, depois de contabilizado o prejuízo, as ações das empresas abriram em queda nesta terça-feira (27). Por volta das 15h, os papéis caíam 2,60%, a R$ 29,52. A empresa do setor sucroenergético terminou o dia como a maior queda do Ibovespa, fechando em -3,49%, a R$ 29,34.

Enquanto isso, o principal índice da bolsa brasileira chegou a passar dos 137 mil pontos no pico da sessão. Por volta das 15h, seguia perto da estabilidade, em alta de 0,03%, aos 136.923,22 pontos.  No fechamento do mercado, a bolsa encerrou com queda de 0,08%, aos 136.775,91 pontos.

A Raízen fechou em queda de 0,61%, com a ação sendo negociada a R$ 3,28.

A reação negativa acompanha os comunicados divulgados por ambas empresas sobre os impactos das queimadas, que atingiram canaviais e áreas de produção de fornecedores.

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São Martinho (SMTO3) vai gastar R$ 70 milhões para compensar estragos

Em comunicado divulgado ontem ao mercado, a São Martinho informou que, entre quinta-feira (22) e domingo (25), aproximadamente 20 mil hectares de cana-de-açúcar da companhia foram atingidos pelos incêndios generalizados que afetaram o setor. 

A empresa deixará de produzir 110 mil toneladas de açúcar. Redução esta que, segundo a São Martinho, será compensada por um aumento proporcional na produção de etanol. 

Para preservar a produtividade nas safras seguintes, a companhia anunciou R$ 70 milhões em investimentos complementares ao guidance de investimento na Safra 2024/2025.

Raízen (RAIZ4): Incêndios atingem 1,8 milhão de toneladas

No último sábado (24), a Raízen já havia confirmado que suas áreas de produção foram atingidas, ressaltando que a brigada de incêndio da empresa estava mobilizada no combate aos focos, com o apoio de aeronaves e a colaboração do Corpo de Bombeiros.

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Na noite de ontem, a companhia anunciou que 1,8 milhão de toneladas de cana-de-açúcar própria e de fornecedores foram atingidas pelos incêndios no estado. O valor representa 2% do total previsto na safra 2024/2025, com base no piso da premissa de moagem total.

Para mitigar os danos, a companhia informou que está priorizando a moagem a moagem da cana-de-açúcar afetada. “Com essa medida, esperamos que as perdas e impactos em nossos resultados sejam imateriais”, disse a empresa, em fato relevante ao mercado. 

No comunicado, a Raízen afirmou que não realiza a queima de cana e segue o Protocolo Agroambiental - Etanol Mais Verde, assinado com o governo de São Paulo em 2017.

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Impacto será pequeno no setor, mas não imaterial

De acordo com um relatório divulgado pelo JP Morgan, a estimativa é de que mais de 60 mil hectares de área plantada foram afetados em São Paulo. No entanto, esse número deve aumentar à medida que mais empresas impactadas divulgarem suas estimativas. 

Entretanto, o banco destaca que mesmo a produção de cana-de-açúcar atingida pode ser aproveitada para a produção de etanol, o que deve ajudar a mitigar os prejuízos. 

Já os impactos financeiros nas produções da São Martinho e Raízen devem ser parcialmente compensados por "preços mais fortes", já que a perda de oferta será refletida com alta nos preços do etanol e do açúcar.

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