“A Petrobras (PETR4) continua uma pechincha”: gestor da Inter Asset revela 5 ações para investir na bolsa até o fim de 2024
Para Rafael Cota, as ações PETR4 continuam “muito baratas” — mesmo que a companhia seja hoje avaliada em mais de R$ 500 bilhões
Figurinha carimbada na carteira de boa parte dos investidores brasileiros, as ações da Petrobras (PETR4) ainda são “uma pechincha” para quem quer se tornar sócio de uma das maiores empresas de petróleo do mundo, na avaliação da Inter Asset.
Os papéis da estatal quase dobraram de preço em 2023, com valorização de 95%, e ainda empilham ganhos da ordem de 13% desde janeiro deste ano.
- Leia também: A porta para mais dividendos foi aberta: Petrobras (PETR4) marca data para apresentar plano estratégico 2025-2009
No entanto, para o gestor de renda variável Rafael Cota, as ações PETR4 continuam “muito baratas” — mesmo que, em termos de preço, a companhia seja hoje avaliada a pouco mais de R$ 505 bilhões.
“A Petrobras está gerando muito caixa e ganhando muito dinheiro, porque ela vem aumentando a produtividade e tem um dos menores custos de extração de petróleo do mundo por conta do pré-sal. Não bastasse isso tudo, o dólar também ajuda quem trabalha com commodities”, afirmou Cota, em entrevista ao Seu Dinheiro.
Para além do preço na tela, a petroleira estatal encontra-se com uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido acima de 20% e com o preço sobre lucro da ação em cerca de 6 vezes.
Nas projeções do gestor, a potencial escalada dos conflitos geopolíticos — especialmente do lado do Oriente Médio — tende a beneficiar as cotações do petróleo e impulsionar ainda mais a Petrobras na bolsa.
Leia Também
Por outro lado, os temores de interferência política na companhia ainda fazem pressão sobre a tese de investimento em PETR4.
“Não vemos esse medo como algo infundado, é necessário um trabalho de acompanhamento. Só que na nossa opinião, o casamento entre precificação e possíveis riscos até o momento ainda nos parece atraente.”
Outras 4 apostas da Inter Asset para 2024
Com R$ 12,7 bilhões em ativos sob gestão, a Inter Asset vê a bolsa brasileira “muito barata” — e com “boas barganhas em ações espalhadas por todos os lados” para investir ainda neste ano.
“A nossa filosofia é de investimento em valor com margem de segurança. O que a gente tenta fazer na Inter Asset é como comprar uma nota de um real e pagar 50 centavos por ela. Hoje, estamos bem animados, porque vemos várias oportunidades sendo negociadas na bolsa de valores com muito desconto”, disse o gestor.
- Veja mais: analista aponta que a bolsa está ainda mais barata e recomenda 10 ações para comprar “com desconto”
Ação do Banco do Brasil (BBAS3) está barata — mas há riscos no radar
Na avaliação de Rafael Cota, o Banco do Brasil (BBAS3) é uma das ações negociadas com um “desconto importante” na B3, apesar da escalada de 70% dos papéis na bolsa em 2023.
Segundo o gestor da Inter Asset, o BB negocia a um preço “muito atrativo”, com rentabilidades acima de 20% e dividendos próximos de 10%, com uma avaliação abaixo de 5 vezes a relação entre preço e lucro (P/L).
No entanto, há riscos no radar — especialmente do lado do agronegócio. O banco já sentiu impactos do enfraquecimento do setor no segundo trimestre, quando registrou um lucro líquido recorrente de R$ 9,502 bilhões.
Em meio a calotes e reestruturações de dívidas se espalhando pelo setor agro brasileiro, a expectativa é que a empresa anuncie novas provisões vindas do portfólio de agronegócio nos próximos balanços.
“Os resultados têm vindo muito bons. Talvez a gente tenha que ficar um pouco mais atento por conta do cenário do agronegócio, já que o preço de commodities agrícolas deu uma recuada, e o BB é muito forte nesse segmento. Agora tem que acompanhar mais na lupa esses balanços do terceiro e quarto trimestres, para ver se vai ter ou não impacto em relação ao agro”, disse o gestor.
Vale lembrar que o Banco do Brasil (BBAS3) é um dos credores da AgroGalaxy (AGXY3), que entrou na Justiça com um pedido de recuperação judicial após acumular dívidas de R$ 3,7 bilhões.
Acabou a névoa em volta da Vale (VALE3)
Outra ação na carteira da Inter Asset para o fim de 2024 é a Vale (VALE3). Líder do ranking de papéis mais recomendados do Seu Dinheiro para outubro, a gigante da mineração finalmente parece ter deixado para trás a maior parte das incertezas que envolviam as ações — a começar pela definição de quem será o novo CEO.
Em meio a polêmicas como a tentativa de interferência do governo na indicação de um novo diretor presidente, a Vale antecipou a escolha e elegeu no fim de agosto o então diretor financeiro (CFO), Gustavo Pimenta, à posição.
“Isso tirou realmente uma das dúvidas dos investidores. O mercado estava muito preocupado, porque a União não é controladora da Vale, e a empresa é uma corporation [ou seja, com o capital pulverizado na bolsa]. Mas a empresa seguiu todos os ritos e mostrou que a governança parece estar no lugar”, disse o gestor.
O pacote de estímulos do governo chinês à economia do Gigante Asiático também fortalece a tese de investimento na Vale. Afinal, as medidas na China focadas no setor de infraestrutura tendem a aumentar o consumo das commodities metálicas, o que fez as cotações subirem nas últimas semanas.
- Acesso aos programas e podcasts do Seu Dinheiro em primeira mão? Confira esta a outras vantagens de fazer parte do Clube de Investidores SD Select
O brilho de Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3)
Além das gigantes “peso pesado” da B3, outras duas ações mineiras figuram na carteira da Inter Asset: a Cemig (CMIG4) e a Copasa (CSMG3).
Na avaliação do gestor, as duas empresas passaram por melhorias de resultados muito fortes, com novos compromissos com a racionalização em termos de alocação de capital — e agora oferecem uma margem de segurança importante para quem quer se tornar sócio das mineiras.
“Em ambos os casos, a gente tem visto investimentos muito bem feitos que podem ser incorporados na base de ativos dessas empresas e repassados via tarifa, o que consequentemente se mostra um bom investimento para os acionistas”, disse Cota.
Para o gestor da Inter Asset, ainda que as companhias tenham sido alvo de polêmicas envolvendo uma possível transferência para o governo federal no ano passado, a possibilidade de uma federalização das empresas é pequena.
Isso porque a dívida que o Estado de Minas Gerais tem com a União é bem maior do que a participação nas empresas de energia e saneamento — e, segundo o gestor, haveria alternativas melhores e mais viáveis para quitar esses débitos com o governo.
A título de referência, a fatia combinada do governo mineiro nas empresas corresponde hoje a pouco mais de R$ 11 bilhões — enquanto a dívida com a União hoje está em torno de R$ 165 bilhões.
Uma ação para investir no longo prazo
O gestor ainda revelou uma das “melhores empresas para investir na bolsa”: a Equatorial (EQTL3). Na realidade, para a Inter Asset, o negócio é tão bom que seria uma ação para se carregar pelos próximos cinco a dez anos — e não só para comprar no curto prazo.
Isso porque, na visão de Cota, a gigante de energia é uma tese de longo prazo: ela pode não ser a ação que mais vai escalar na B3, mas, num horizonte mais alongado de investimentos, garantirá bons retornos aos investidores.
“Apesar de a Equatorial não ser uma barganha, ainda assim está descontada. Olhando para trás, a empresa sempre foi muito eficiente e racional em alocação de capital, muito voltada para o retorno para o acionista minoritário. A Equatorial está sempre em busca das melhores oportunidades no mercado para alocar o capital, tem uma gestão extremamente competente.”
Para o gestor, a entrada da Equatorial como acionista de referência da Sabesp (SBSP3) ainda representa uma forte oportunidade para ir além do mercado de energia e desenvolver a vertical de saneamento.
Segundo a Inter Asset, o saneamento é uma grande oportunidade no Brasil para as próximas décadas — e, com a fatia na Sabesp, a empresa já vai estar na maior concessão do Brasil. “É um mercado gigantesco.”
Log (LOGG3) salta 6% na bolsa após anunciar dividendos milionários para 2024 e dizer quanto deve pagar aos acionistas no ano que vem
A companhia decidiu que irá adotar a prática de distribuir dividendos trimestralmente no ano que vem, com o total distribuído equivalente a 50% da projeção para o lucro de 2025
‘Amarelo ficando laranja’- parte 2: Banco do Brasil (BBAS3) deve superar cenário ruim previsto para 2025 e BTG mostra melhor forma de se expor ao banco
Segundo as projeções, os resultados a partir do segundo trimestre do ano que vem devem vir mais fortes do que os dados recentes
Os sinais do dado de emprego sobre o caminho dos juros nos EUA. Bolsas se antecipam à próxima decisão do Fed
O principal relatório de emprego dos EUA mostrou a abertura de 227 mil postos no mês passado — um número bem acima dos 36 mil de outubro e da estimativa de consenso da Dow Jones de 214.000
Raízen (RAIZ4) define novos cargos na diretoria executiva; ação não reage bem e cai 2%
Desde outubro, o conglomerado Cosan (CSAN3) tem feito uma série de reestruturações no alto escalão; nova mudança ocorre menos de uma semana depois da saída de Ricardo Mussa
Mais dividendos no radar? Ação ‘turbinou’ os proventos em 339% em 2024 e não descarta novos pagamentos até o fim do ano
Analista destaca que a ação tem um histórico de ótimos resultados e está sendo negociada a múltiplos baixos – papel é considerado um dos melhores da bolsa
Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia
O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV
Após criação de joint venture, Ybyrá Capital (YBRA4) assina memorando de entendimento sobre potencial fusão com empresa americana
A possível união dos negócios será definida após um processo de due diligence (investigação prévia para avaliar potenciais riscos da transação)
Equatorial (EQTL3) conclui a venda da divisão SPE 7 para a Energia Brasil por R$ 840 milhões
O movimento faz parte da execução da estratégia do grupo Equatorial de reciclagem de capital, que busca a desalavancagem das operações
Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA
A possibilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos fez essa ação disparar
Não à toa, essa companhia foi eleita por nós uma das 5 melhores ações para dividendos no mês de dezembro
Após dia de pressão no mercado, ação da Petrobras (PETR4) sobe com maior descoberta de gás natural da Colômbia; troca no conselho vai para escanteio
Depois de a estatal confirmar a possível troca na presidência do conselho, o impacto negativo nos mercados foi amenizado após o anúncio do projeto de exploração em consórcio com a Ecopetrol
Riqueza dos bilionários subiu mais que o mercado de ações nos últimos 10 anos; Brasil ganhou 19 novos ultrarricos em apenas um ano
Relatório do UBS mostra onde os bilionários estão investindo e qual setor foi uma ‘máquina de fazer ultrarricos’
Acordo entre Eletrobras (ELET3) e AGU abre espaço para pagamento de dividendos de R$ 8 bilhões, diz Itaú BBA; entenda
Para os especialistas que cobrem a Eletrobras, o acordo, até o momento, foi bastante positivo para o mercado
Uma bomba explodiu no colo de Macron: a reação dos mercados à queda do governo na França e o que acontece agora
O primeiro-ministro Michel Barnier apresentou sua renúncia na manhã desta quinta-feira (5) e aumentou a pressão sob o presidente francês, que corre contra o relógio para encontrar um substituto; saiba quem são os possíveis candidatos a ocupar o cargo
Tupy amplia programa de recompra de ações e anuncia R$ 190 milhões em JCP; valor líquido equivale a R$ 1,14 por ação
Programa de recompra, que já tinha sido aprovado em novembro, teve o limite de ações ampliado de 4 milhões para 14 milhões de ações
‘Descartar um rali de fim de ano agora é pedir pra errar’: analista se mantém otimista com a bolsa brasileira e indica as 10 ações mais promissoras de dezembro
Para Larissa Quaresma, da Empiricus, o rali de fim de ano não pode ser completamente descartado e a bolsa brasileira ainda reserva boas oportunidades de investimento
Novo CEO da Braskem (BRKM5) reforma diretoria executiva após poucos dias no comando; Felipe Montoro Jens assumirá como diretor financeiro
O presidente indicou Felipe Montoro Jens para substituir Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas nas cadeiras de CFO e diretor de relações com investidores
As máximas do mercado: Ibovespa busca recuperação com trâmite urgente de pacote fiscal pela Câmara
Investidores também repercutem rumores sobre troca na Petrobras e turbulência política na França e na Coreia do Sul
Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”
Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores
Incertezas na Coreia do Sul: como o possível impeachment ou renúncia de Yoon Suk Yeol está mexendo com a economia
Horas após o fim da Lei Marcial, a oposição sul-coreana avança com proposta de impeachment contra o presidente, enquanto os mercados questionam a confiança no país