Quanto investir para garantir uma renda igual ao teto do INSS no Tesouro RendA+, o título do Tesouro Direto para aposentadoria
Quanto mais tempo você puder esperar para começar a receber a renda, menos precisará investir. Confira duas simulações no Tesouro RendA+

Conseguir se aposentar recebendo o teto do INSS — atualmente em R$ 7.507,49 — ficou bem mais complicado depois da aprovação da reforma da Previdência. Mas agora é possível se planejar para conseguir uma renda semelhante com o Tesouro RendA+, o novo título público voltado para a aposentadoria.
A grande vantagem do novo título do Tesouro Direto é a possibilidade de você mesmo escolher quando pretende se "aposentar". Ao contrário da Previdência, que agora tem idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres — para quem não se encaixa na regra de transição.
Vale lembrar, contudo, que o objetivo do Tesouro RendA+ não é substituir a Previdência Social, até porque a renda não é vitalícia. Ou seja, a ideia é usar o investimento como um complemento da aposentadoria do INSS ou mesmo de um plano de previdência privada.
VEJA TAMBÉM - Tesouro RendA+ vai substituir a previdência privada? Descubra a resposta no vídeo exclusivo abaixo:
Como funciona o Tesouro RendA+
O Tesouro RendA+ prevê um investimento em duas etapas, com uma fase de acumulação seguida de um período de 20 anos no qual o investidor receberá uma renda mensal, também corrigida pelo IPCA.
Inicialmente, o Tesouro oferece oito datas de conversão, como são chamadas as datas em que o investidor passa da fase de acumulação para a de renda: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 ou 2065.
A ideia básica é que o investidor escolha um desses anos para se aposentar e compre até a data de conversão títulos com o mesmo vencimento.
Leia Também
Caso deseje começar a receber a renda em 2030, por exemplo, você deverá comprar sempre títulos com esta data de conversão. Depois, receberá uma renda mensal de janeiro de 2030 até dezembro de 2049.
- O ano da renda fixa (de novo)? Com Selic estável a 13,75% a.a., veja os melhores investimentos que você pode fazer para proteger seu patrimônio e também buscar bons rendimentos. CLIQUE AQUI
Quanto investir no Tesouro RendA+
Certo, mas o quanto é preciso investir hoje no Tesouro RendA+ para receber uma renda equivalente à do teto do INSS? A resposta vai depender basicamente de quando você pretende fazer a conversão do investimento em renda.
Em resumo, quanto mais tempo você puder esperar para começar a receber a renda, menos precisará investir. Isso porque, nos prazos mais longos, o patrimônio engorda mais com os juros acumulados.
Vou usar dois exemplos no simulador disponível no site do Tesouro Direto para chegar aos valores. Primeiro, vamos ao meu caso.
1 - "Jovem" de 45 anos
Hoje eu tenho 45 anos e pretendo começar a receber a renda do Tesouro RendA+ mais ou menos na mesma época em que espero me aposentar pelo INSS — ou seja, aos 65. Isso se as regras da Previdência não mudarem novamente até lá...
Nesse sentido, o lançamento do novo título público do governo veio a calhar. Então vamos às contas, que vão considerar inicialmente um investimento mensal e sem um aporte inicial, como se eu estivesse começando a poupar hoje para a aposentadoria.
Nesse caso, o sistema indicou para mim a compra do Tesouro RendA+ 2045. Como não há nenhum título com data intermediária, se eu investir nesse papel só começarei a receber meus rendimentos aos 67 anos — dois além do que eu gostaria.
Seja como for, para receber R$ 7.500 por mês a partir de 2045, eu precisarei investir R$ 997,55 no Tesouro RendA+ mensalmente pelos próximos 22 anos.
Nesse caso, eu posso até dobrar a minha renda se conseguir me aposentar pelo teto do INSS (R$ 7.500 + R$ 7.507,49).
2 - "Garoto" de 33 anos
Para esta segunda simulação, usarei como "cobaia" o Victor Aguiar, editor do Seu Dinheiro. Vou considerar a idade atual dele (33 anos) e os mesmos 65 anos como aposentadoria planejada.
Para sorte dele, o Tesouro tem um título com conversão em renda em uma data que coincide com a idade com a qual ele pode se aposentar: o Tesouro RendA+ 2055.
Nesse caso, ele terá de investir R$ 366,37 por mês pelos próximos 32 anos para receber uma R$ 7.500 pelas duas décadas seguintes.
Reparou como os 12 anos a menos fazem diferença? O Victor poderá receber o mesmo valor que eu investindo praticamente um terço do valor por mês — porém, por mais tempo.
Lembrando que a correção pela inflação do título continua durante a fase dos pagamentos. Ou seja, em tese não há risco de a renda perder valor ao longo do tempo.
- Aperte o play: Além da Americanas: fila de empresas endividadas aumenta com Oi, Light e CVC.
A "pegadinha" do investimento mensal no Tesouro RendA+
Vale destacar que a simulação do investimento mensal tem uma "pegadinha": considera as condições de mercado atuais. Mas o que isso quer dizer? Bem, ao longo de duas ou três décadas tudo o que acontecer no país vai influenciar o preço e as taxas do Tesouro Direto ao longo do tempo.
No meu caso, a simulação considera a taxa de sexta-feira (3) do Tesouro RendA+ 2045, equivalente à inflação medida pelo IPCA + 6,48% ao ano. Se no mês seguinte ao meu primeiro aporte a taxa cair, por exemplo, eu precisarei investir mais para manter a mesma renda no futuro — e vice-versa.
A única maneira de garantir as condições traçadas pelo simulador é comprar de uma vez todos os títulos e então aguardar para começar a receber a renda a partir da data da conversão.
Mas essa conta fica bem mais salgada. Nas condições atuais, eu precisaria investir numa única tacada R$ 260.844,74 para comprar os 447,14 títulos do Tesouro RendA+ necessários para receber R$ 7.500 de renda mensal a partir de 2045.
No caso do Victor, o investimento seria menor, de R$ 140.015,97. Mas ele terá de esperar mais tempo que eu para usufruir da renda adicional pelas duas décadas seguintes.
SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina
Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito
Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s
Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela
Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?
Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto
A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR
Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno
Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026
Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores
Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?
Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos
Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto
BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras
Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais
Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores
De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores
A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos
Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima
Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção
Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo
São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido
Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo
Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro
Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar
O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs
Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas
Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências
Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês
BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro
CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio
“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?
MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil
Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre
Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro
Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente
Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor