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Putin vai deixar barato? Guerra chega a Moscou e atinge em cheio o centro financeiro da capital da Rússia

Presidente russo, Vladimir Putin, sentado em uma mesa com fone ouvido

O presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ao fundo, o ministro Sergei Lavrov.

Se o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pensou que sua maior dor de cabeça seria lidar com os efeitos das sanções sobre a economia russa, se enganou. A guerra na Ucrânia cruzou uma fronteira importante e atingiu o coração do distrito financeiro de Moscou. 

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Uma explosão no domingo (30) abalou o distrito comercial de Moskva-Citi, lar de vários arranha-céus, no que o Ministério da Defesa da Rússia disse ter sido um ataque frustrado de um drone ucraniano — o segundo em uma semana.

Ninguém ficou ferido e houve apenas pequenos danos, mas tais ataques deixam as autoridades de orelha em pé primeiro porque disseram à população que a Rússia estava no controle total da guerra e depois porque afastam ainda mais as grandes empresas do país. 

Empresas em fuga da Rússia?

A Rússia viu a fuga de centenas de empresas quando invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro. Parte delas deixou o país por conta da impossibilidade de fazer negócios por conta das sanções impostas pelo Ocidente. Outra parte não concordou com a abordagem russa e, temendo retaliação dos consumidores, deixaram Moscou. 

Agora, Putin enfrenta um outro problema: a segurança das pessoas que trabalham no centro financeiro russo. 

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A Yandex é um exemplo disso. A gigante de tecnologia que tem unidades espalhadas pela capital da Rússia, inclusive em Moskva-Citi, pediu aos funcionários que desocupassem os escritórios. 

Além disso, muitas empresas na Rússia continuam permitindo que os funcionários trabalhem em modo híbrido, divididos entre casa e escritório, mantendo um esquema montado no auge da pandemia de covid-19. 

Putin não vai deixar barato

Putin não pretende deixar esse ataque barato. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta segunda-feira (31) que os ataques ucranianos a Moscou e outros alvos russos foram "atos de desespero" e que a Rússia vai tomar as medidas necessárias. 

Kiev normalmente não assume a responsabilidade por incidentes específicos em território russo e não reivindicou o último ataque, embora o presidente Volodymyr Zelensky tenha dito que a guerra está "voltando gradualmente ao território da Rússia — a seus centros simbólicos".

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Em maio, dois drones atingiram o Kremlin — o incidente de maior repercussão até agora —, mas outros ataques tiveram como alvo os prédios perto da sede do Ministério da Defesa no rio Moscou e no exclusivo subúrbio de Rublyovka, lar de grande parte da elite política, empresarial e cultural da Rússia.

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Rússia que a paz com ajuda do Brasil

Enquanto Putin prepara uma resposta aos recentes ataques com drone na Rússia, o Ministério das Relações Exteriores do país informou hoje que continuará a discutir a possibilidade de uma resolução pacífica na Ucrânia. 

Para isso, vai usar a China, o Brasil e países da África como intermediários. A declaração veio após uma cúpula Rússia-África em São Petersburgo na semana passada, na qual os líderes africanos encorajaram Putin a encerrar a guerra na Ucrânia.

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Azali Assoumani, chefe da União Africana, pediu aos presidente russo que ele trabalhe por uma “coexistência pacífica” entre a Rússia e a Ucrânia.

*Com informações da Reuters

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