Site icon Seu Dinheiro

Você doaria sua participação na maior petroleira do mundo para alguém? Pois um príncipe saudita fez (quase) isso

Bandeira nacional da Arábia Saudita

A Saudi Aramco é a maior petroleira do mundo em termos de reservas e produção de óleo cru. Seu valor de mercado está na casa do trilhão. Isso significa que cada ponto porcentual de participação na empresa equivale a muitos bilhões de dólares.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora considerada uma empresa estatal, é importante lembrar que ela pertence ao governo saudita. E a Arábia Saudita é uma monarquia. Portanto, o que pertence ao Estado na verdade está nas mãos da família real.

Também por isso causou curiosidade a informação de que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, decidiu doar uma participação de 4% na Saudi Aramco.

Na cotação atual, a doação equivale a cerca de US$ 80 bilhões, ou quase R$ 400 bilhões.

Beneficiário final da doação é o fundo soberano da Arábia Saudita

A beneficiária da doação foi a Sanabil Investments, informa a agência estatal de notícias da Arábia Saudita, conhecida pelas iniciais SPA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Sanabil é controlada pelo PIF, sigla pela qual é conhecido o fundo soberano saudita. “A transferência também solidificará a forte posição financeira e a classificação de crédito do PIF”, informou a SPA.

“Esta é uma transferência privada entre o estado e a Sanabil, e a empresa não faz parte da transferência e não celebrou nenhum acordo ou pagou ou recebeu qualquer produto da transferência”, informou a Aramco em comunicado ao mercado.

Na prática, Bin Salman fez uma doação para si mesmo, engordando ainda mais os cofres do reino em um momento no qual o país busca expandir sua economia para além do petróleo.

Acionista majoritário da Saudi Aramco, o governo do país árabe detém mais de 90% das ações da petroleira. Embora se trate de uma empresa de capital aberto, a pulverização não chega a 2% das ações. Elas estão listadas apenas no Tadawul, índice da bolsa de valores de Riad.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

*Com informações do Estadão Conteúdo.

Exit mobile version