O quinto dia de trégua está sendo marcado pela troca de acusações entre Israel e o Hamas — os dois lados se acusam de violar um acordo de cessar-fogo que permitiu a libertação de reféns e a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, o Hamas detonou dispositivos explosivos perto das suas tropas. Já o grupo extremista alega que as forças israelenses exerceram “fricção no campo” no norte da Faixa de Gaza, em violação do acordo.
A ampliação do pacto vinha aumentando a esperança de que o Hamas possa libertar mais do que os 69 reféns que foram soltos até agora — dos quase 240 prisioneiros que manteve na Faixa de Gaza desde o sequestro durante os ataques terroristas de 7 de outubro.
Israel já havia dito que consideraria prolongar a pausa humanitária nos combates em um dia para cada 10 reféns libertados, embora não estivesse claro se estes foram os termos acordados na última prorrogação.
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Israel de prontidão
Apesar das esperanças da libertação de mais reféns e até mesmo de um entendimento que possa levar ao fim do conflito, os planos de Israel parecem ser outros.
O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel disse que os militares estão usando o atual cessar-fogo na Faixa de Gaza para “fortalecer a prontidão”.
De acordo com o Times of Israel, Herzi Halevi disse que as FDI estão “se preparando para continuar a lutar para desmantelar o Hamas”, reiterando o objetivo declarado da operação militar em Gaza.
“Hoje, as FDI estão prontas para continuar lutando. Estamos utilizando os dias de trégua como parte do acordo para aprender, reforçar a prontidão e aprovar os planos operacionais para a duração”, disse Halevi em comunicado.
“Estamos nos preparando para continuar lutando para desmantelar o Hamas. Vai levar tempo, são objetivos complexos, mas são mais do que justificados”, acrescentou.
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A trégua vai ser mantida?
Apesar das trocas de acusações de quebra do cessar-fogo, as negociações para estender a trégua continuam.
O chefe da agência de inteligência de Israel, David Barnea, e o diretor da CIA, William Burns, estão no Catar para conversas sobre uma pausa ainda mais no conflito Israel-Hamas.
Um diplomata, que falou sob condição de anonimato à AP, disse que o acordo também poderia incluir a libertação de mais reféns.
Autoridades do Egito, que atuaram como mediadores ao lado do Catar, também participaram das negociações, disse a fonte.
*Com informações da CNBC e da AP