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Deflação da China pode ser difícil de contornar, e realidade parece ‘sombria’, mesmo com estímulos de Pequim

Economia da China afetada pela covid-19

A demanda morna do consumidor e as crescentes preocupações econômicas levaram a China a um território deflacionário pela primeira vez em dois anos, aumentando a pressão sobre Pequim para agir de forma mais agressiva para evitar um agravamento do mal-estar econômico.

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"A realidade parece cada vez mais sombria", avalia Eswar Prasad, professor de Política Comercial e Economia da Cornell University e ex-chefe da divisão do Fundo Monetário Internacional na China. "A abordagem do governo de minimizar os riscos de deflação e estagnar o crescimento pode sair pela culatra."

Segundo economistas, a inflação ao consumidor não deve aumentar muito este ano, já que a falta da confiança do consumidor faz com que as famílias continuem a sentir o impacto prolongado de três anos de incerteza da covid-19, incerteza regulatória e preocupações contínuas sobre a saúde do mercado imobiliário.

Setor imobiliário preocupa

O setor imobiliário, um dos principais impulsionadores do crescimento da China há décadas, está em queda, com novas preocupações com a inadimplência em torno de um dos maiores investidores imobiliários da China.

Agora, os economistas esperam que o banco central da China reduza ainda mais as taxas de juros nos próximos meses, embora muitos estejam céticos de que tais medidas por si só possam dissipar as pressões deflacionárias.

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Isso ocorre porque a confiança entre empresas e famílias demorou a se recuperar, resultando em apetite limitado para investir e gastar mais.

Tal ambiente torna as medidas de estímulo moderadas amplamente ineficazes, disse Arthur Budaghyan, estrategista-chefe de mercados emergentes da BCA Research.

China publica medidas para atrair investimento estrangeiro

Na esteira dos estímulos econômicos, o governo chinês publicou uma lista de medidas para a atração de investimento estrangeiro, como parte “importante da promoção de abertura de alto nível e da construção de um novo sistema de economia aberta”, diz o texto.

As medidas incluem apoio ao investimento estrangeiro na criação de centros de pesquisa e desenvolvimento, fortalecimento da proteção aos direitos de propriedade intelectual (especialmente no mercado farmacêutico), além de otimização das políticas de entrada, saída, permanência e residência para executivos e técnicos de outros países e suas famílias.

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Entre as áreas que devem ser contempladas está a de telecomunicações, que tem restrição de participação de até 50% em negócios de internet doméstica.

*Com informações do Estadão Conteúdo e da Dow Jones Newswires.

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