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Conflito Israel-Hamas sacode os mercados: ouro chega ao maior nível em um mês e petróleo pega carona na alta

Barras de ouro

O conflito entre Israel e o Hamas está sacudindo os mercados internacionais nesta quarta-feira (18) e o ouro e o petróleo estão na linha de frente dessa guerra. As duas commodities disparam mais de 1%, atingindo os maiores níveis em semanas. 

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O salto nos preços acontece porque os investidores passaram a levar em conta os prêmios de risco depois que centenas de palestinos foram mortos em uma explosão em um hospital em Gaza na terça-feira (17) — autoridades israelenses e palestinas culpam umas às outras pelo ataque. 

Os futuros do ouro entraram a tarde de hoje com alta de 1,82%, cotados a US$ 1.957,60. Já os futuros do petróleo tipo Brent — usado como referência no mercado internacional e pela Petrobras (PETR4) — avançavam 1,2%, a US$ 90,96 o barril. 

No início do dia, tanto o Brent como o WTI — usado como referência no mercado norte-americano — ganharam mais de US$ 3 o barril, atingindo os níveis mais altos em duas semanas. Confira a cobertura ao vivo dos mercados.

Petróleo pode subir mais?

A escalada de preços do petróleo pode estar só no começo. Isso porque o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, instou os membros da Organização de Cooperação Islâmica a imporem um embargo petrolífero a Israel.

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Fontes ouvidas pela Reuters indicam que a Opep+ — grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e por outros produtores liderados pela Rússia — não planeja adotar nenhuma ação imediata em relação ao apelo do Irã. 

“Uma longa ocupação se aproxima como o cenário que empurra os futuros do petróleo Brent na direção dos US$ 100 o barril porque aumenta o risco de que o conflito entre Israel e Hamas se expanda e potencialmente atraia diretamente o Irã”, disse Vivek Dhar, analista do Commonwealth Bank of Australia para a Reuters. 

PODCAST TOUROS E URSOS - Israel em chamas: o impacto do conflito com Hamas nos investimentos

Enquanto isso em Israel…

Enquanto as commodities disparam como efeito colateral do conflito entre Israel e Hamas, a guerra ganha novos contornos. Acompanhe os principais pontos nesta quarta-feira (18): 

A Jordânia cancelou a cúpula com o presidente dos EUA, Joe Biden, e os líderes egípcios e palestinos. Biden chegou a Israel hoje prometendo solidariedade na guerra contra o Hamas e apoiando a versão de que a explosão no hospital de Gaza foi causada por militantes do grupo extremista. 

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Estimativas preliminares indicam que centenas de pessoas morreram na explosão no hospital Al-Ahli, que abrigava milhares de pessoas que foram evacuadas de suas casas durante os ataques aéreos israelenses. 

“A magnitude da devastação foi esmagadora”, disse um médico à CNN.

No X (antigo Twitter), as Forças de Defesa de Israel (IDF) publicaram uma imagem que supostamente mostra um míssil da Jihad Islâmica atingindo o hospital.

O presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, sugeriu que os civis palestinos deslocados em Gaza poderiam ser realocados para uma área desértica dentro de Israel enquanto o conflito atual continua.

“Eu sugeriria que Israel transferisse civis palestinos para o deserto de Nakab, em Israel, até terminar as suas operações com o Hamas e outras milícias islâmicas”, disse o presidente El-Sisi ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz. O Nakab também é chamado de deserto de Negev.

O presidente egípcio enfatizou que seu país acolhe atualmente 8,5 milhões de refugiados e não pode acomodar mais, ao mesmo tempo que expressou preocupação com os potenciais riscos de segurança de um influxo significativo de palestinos para o Egito.

O Departamento do Tesouro dos EUA tomou medidas para tentar conter o fluxo de dinheiro para o Hamas, impondo sanções a dez pessoas ligadas ao grupo.

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As novas sanções visam “seis indivíduos associados à carteira secreta de investimentos do Hamas, dois membros do alto escalão do Hamas e uma casa de câmbio virtual com sede em Gaza e o seu operador”, segundo o Departamento do Tesouro.

“Continuaremos a tomar todas as medidas necessárias para negar aos terroristas do Hamas a capacidade de angariar e utilizar fundos para cometer atrocidades e aterrorizar o povo de Israel. Isso inclui a imposição de sanções e a coordenação com aliados e parceiros para rastrear, congelar e apreender quaisquer bens relacionados com o Hamas nas suas jurisdições”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

Mísseis antitanque foram disparados contra as comunidades israelenses de Manara e Rosh HaNikra ao longo da fronteira com o Líbano, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF).

Em comunicado, o Hezbollah confirma um ataque a uma posição israelense ao sul de Manara. O grupo libanês também informou que atacou Jal al-Alam, Zar'it e as posições militares israelenses no Bahri com mísseis guiados.

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As IDF disseram que “estão atualmente atacando as origens do ataque no Líbano e continuarão a mirar alvos terroristas” pertencentes ao Hezbollah.

Depois dos ataques, a Embaixada da Arábia Saudita no Líbano pediu a todos os cidadãos que obedeçam à proibição de viagens e que deixem imediatamente o território libanês. 

O governo de Israel informou que não bloqueará a ajuda humanitária que chega a Gaza vinda do Egito, mas não permitirá a entrada de suprimentos a partir de seu próprio território até que o Hamas liberte todos os reféns.

“À luz da exigência do presidente Biden, Israel não bloqueará as entregas de ajuda humanitária, desde que consistam em água, alimentos e medicamentos para a população civil no sul da Faixa de Gaza... e enquanto a ajuda não chegue ao Hamas", diz o comunicado oficial.

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A declaração foi feita pouco depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter dito em Tel Aviv que Israel concordou em permitir a entrada de ajuda em Gaza, com o entendimento de que haveria inspeções para garantir que os suprimentos não fossem desviados ou roubados pelo Hamas. Os EUA se comprometeram com US$ 100 milhões em ajuda humanitária para a região. 

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