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Nova guerra comercial? EUA ameaçam com novas restrições a exportações de chips de IA para a China e ações do setor de tecnologia caem

Chips de inteligência artifical viram disputa entre eua e china

As ações de tecnologia viraram o foco dos investidores após a Nvidia entrar para o seleto clube do trilhão, as empresas com maior valor de mercado do planeta. Esse frenesi todo foi disparado pelo aumento da demanda por inteligência artificial (IA)e diversas companhias entraram nessa nova onda do mercado

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Mas nesta quarta-feira (28) as mesmas empresas de tecnologia que despertaram o interesse dos investidores estão em queda. Os papéis da Nvidia caem 3,34% no pré-mercado em Nova York, enquanto as ações da concorrente AMD recuam 3,14%. 

A pressão nas cotações começou assim que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sinalizou que pode impor restrições à importação de chips de inteligência artificial da China. As informações foram dadas em primeira mão pelo The Wall Street Journal.

Vale ressaltar que o país é um dos principais exportadores de chips e praticamente o único vendedor dos semicondutores, essenciais para a fabricação de produtos eletrônicos, do mundo. 

EUA x China pelo mercado de inteligência artificial

De acordo com o Departamento de Comércio norte-americano, as importações da China e “outros países que geram preocupação” podem ser interrompidas já na primeira semana de julho.

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As autoridades dos EUA ainda estipulam a emissão de uma licença para trazer esses componentes de outras nações.

Além dos chips de inteligência artificial, o país também deve restringir a importação de serviços em nuvem de companhias chinesas.

O anúncio oficial das medidas só deve acontecer após a visita da Secretária do Tesouro, Janet Yellen, a Pequim, marcada para as primeiras semanas de julho, para não gerar rusgas entre ambos.

O que dizem as partes

As autoridades dos Estados Unidos entendem que a inteligência artificial se tornou um fenômeno de massas e que a IA deve ser vista como questão de segurança nacional. 

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Uma das preocupações é o aumento de ferramentas com IA para a produção de malwares (vírus de computador) e outros tipos de armas químicas. Esse cenário é possível graças ao grande volume de dados que a inteligência artificial consegue processar em pouco tempo.

Em outubro do ano passado, o mesmo departamento levantou uma série de restrições contra a importação dos semicondutores e maquinários para a fabricação de chips. A legislação, porém, é pouco precisa e até o momento não ganhou novos contornos. 

Também é preciso lembrar que durante a gestão de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, o país entrou em uma verdadeira guerra comercial com a China em 2018. Trump havia levantado uma série de restrições aos produtos chineses, o que desencadeou problemas para os dois países. 

Os reflexos dessa disputa afetam as relações comerciais entre os países desde então.

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A inteligência artificial virá — mas de outro lugar

Ao mesmo tempo que levantam as restrições, os reguladores norte-americanos buscam alternativas para continuar importando os componentes tecnológicos. 

No caso dos chips, os EUA devem contar com a ajuda de países como Holanda, Japão, Coreia do Sul e a ilha de Taiwan para criar uma regulação nesse segmento e reduzir a dependência da China.

Rumores indicam que Biden também deve enviar uma ordem executiva para restringir investimentos no país e outros rivais geopolíticos.

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