A invasão da Ucrânia trouxe muitos reveses para Vladimir Putin. A guerra já dura mais de um — e não tem data para acabar —, as baixas entre os militares russos são significativas, a perda de território ameaça a força política do chefe do Kremlin.
Para se manter de pé no front de batalha, Putin precisou recorrer a atalhos. Um deles foi unir forças com o Wagner, um grupo formado por mercenários que recruta imigrantes ilegais e detentos para lutar por Moscou contra Kiev.
A grande questão dessa estratégia secundária de guerra é que o Wagner ganhou importância — assim como seu líder, o empresário Yevgeny Prigozhin.
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Enfrentando Putin
Prigozhin, que descreve seus mercenários como o "melhor exército do mundo", obteve sucesso onde o exército russo falhou — e, assim, a influência dele se tornou uma ameaça para Putin.
Conforme o Wagner ia avançando na guerra contra a Ucrânia, o presidente russo ia alimentando Prigozhin com dinheiro e influência.
O chefe do Kremlin concordou em terceirizar certas funções do governo, embora não tenha legitimado Prigozhin.
Segundo especialistas, por enquanto Prigozhin não está preparado para desafiar Putin de verdade. Mas lembram que é difícil se manter sólido no poder quando seu exército está passando pelo sangrento moedor de carne da guerra.
Quem é Yevgeny Prigozhin
Prigozhin é um mistério. Ao contrário de todos os outros russos, fala o que lhe vem na cabeça, culpa a elite pelos maus resultados da guerra e insinua publicamente que Putin é culpado por um fiasco militar.
Entre as características que mais chamam atenção estão exageros verbais e linguagem vulgar — aprendida quando passou nove anos na cadeia por assalto — agora útil para se comunicar com os ex-condenados recrutados.
O ex-detento e ex-vendedor de cachorro quente mostra que se transformou em um homem cujo o horror das barbáries é cometido sob suas ordens. Em uma Rússia que pouco conhece a liberdade, Prigozhin pensa autonomamente — sinal de inteligência e poder.
Wagner, a origem
O Wagner foi formado em 2014, mas Prigozhin só afirmou ser o fundador em setembro do ano passado.
O grupo não é uma entidade legalmente registrada e os mercenários são ilegais, de acordo com o The Times — embora seja visto como um serviço militar privado do Kremlin.
De acordo com a BBC, as tropas de Wagner foram destacadas pela primeira vez durante a anexação da Crimeia pela Rússia.
O Wagner também enviou soldados por toda a África e Oriente Médio. Investigadores das Nações Unidas (ONU) acusaram o grupo de cometer crimes de guerra em 2021.
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*Com informações da BBC, do The Times e da CNN